Localizado em local privilegiado do percurso é a sede do
Jornal O estado de São Paulo (1946). Implanta-se no encontro da rua Major
Quedinho com uma via que pertence ao Perímetro de Irradiação do Plano de
Avenidas de Prestes Mais: no local onde a Av São Luiz se prolonga com o viaduto
Nove de Julho.
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Parte alta do prédio do jornal O Estado de São Paulo |
Sua localização mostrasse privilegiada por ser num ponto
de confluência de outras duas vias importantes: a avenida da Consolação e a rua
Martins Fontes, que se prolongará com a Rua Augusta. Esta localização
privilegiada possibilitou a sua altura acima dos gabaritos estabelecidos no
perímetro.
O projeto de Jacques Pilon e Franz Heep apresentava um
programa audacioso com três diferentes funções era distribuído em um conjunto.
Seguindo as regras impostas pelo Código de Obras, sua forma se dava a partir da
organização de três diferentes atividades: a sede dos escritórios do jornal, um
hotel com 240 apartamentos e uma rádio com auditório com capacidade para 450
pessoas – cada um com acesso diferente.
As funções presentes ali faziam parte de um programa novo
na cidade vinculado à comunicação e à hospedagem, essenciais ao centro de
negócios que configurava a metrópole, tendo sido inclusive o hotel realizado em
função de incentivos fiscais por conta das comemorações do IV Centenário da
Cidade.
O edifício em questão ressalta sua verticalidade pelo uso
de um relógio que atrai olhar para o topo do prédio. Além disto, o volume
curvo- parte mais alta do conjunto ressalta a monumentalidade do edifício
tirando proveito da sua posição geográfica, ponto focal da Av: São Luiz.
Da mesma maneira, o edifício Barão de Iguape (1956)
ganhou grande evidência urbana com sua implantação em frente à Praça Patriarca.
Localizado no ponto focal do eixo formado pelo Viaduto do
Chá – rua Barão de Itapetininga – e pela Praça da república, colocava-se
exatamente como a legislação de Prestes Maia supunha: como objeto de valor no
contexto urbano, sendo possível alturas mais elevadas ( o prédio tem 33
andares) e estudos para aprovação da Prefeitura .
O projeto foi objeto de estudo da firma americana
Skidmore, Owing and Merrill, sendo desenvolvido o executivo pelo escritório de
Jacques Pilon.
A torre apresenta um desenho associado ao International
Style, sem relação direta com o lugar onde se implanta.
Bibliografia:
Costa, Sabrina Studart Fontenele – relações entre o traçado urbano e os
edifício modernos no Centro de São Paulo (1938 / 1960)
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