quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Prédios com localização privilegiada no Centro Novo de São Paulo

Localizado em local privilegiado do percurso é a sede do Jornal O estado de São Paulo (1946). Implanta-se no encontro da rua Major Quedinho com uma via que pertence ao Perímetro de Irradiação do Plano de Avenidas de Prestes Mais: no local onde a Av São Luiz se prolonga com o viaduto Nove de Julho.
Parte alta do prédio do jornal O Estado de São Paulo 
Sua localização mostrasse privilegiada por ser num ponto de confluência de outras duas vias importantes: a avenida da Consolação e a rua Martins Fontes, que se prolongará com a Rua Augusta. Esta localização privilegiada possibilitou a sua altura acima dos gabaritos estabelecidos no perímetro.
O projeto de Jacques Pilon e Franz Heep apresentava um programa audacioso com três diferentes funções era distribuído em um conjunto. Seguindo as regras impostas pelo Código de Obras, sua forma se dava a partir da organização de três diferentes atividades: a sede dos escritórios do jornal, um hotel com 240 apartamentos e uma rádio com auditório com capacidade para 450 pessoas – cada um com acesso diferente.
As funções presentes ali faziam parte de um programa novo na cidade vinculado à comunicação e à hospedagem, essenciais ao centro de negócios que configurava a metrópole, tendo sido inclusive o hotel realizado em função de incentivos fiscais por conta das comemorações do IV Centenário da Cidade.
O edifício em questão ressalta sua verticalidade pelo uso de um relógio que atrai olhar para o topo do prédio. Além disto, o volume curvo- parte mais alta do conjunto ressalta a monumentalidade do edifício tirando proveito da sua posição geográfica, ponto focal da Av: São Luiz.
Da mesma maneira, o edifício Barão de Iguape (1956) ganhou grande evidência urbana com sua implantação em frente à Praça Patriarca.
Localizado no ponto focal do eixo formado pelo Viaduto do Chá – rua Barão de Itapetininga – e pela Praça da república, colocava-se exatamente como a legislação de Prestes Maia supunha: como objeto de valor no contexto urbano, sendo possível alturas mais elevadas ( o prédio tem 33 andares) e estudos para aprovação da Prefeitura .
O projeto foi objeto de estudo da firma americana Skidmore, Owing and Merrill, sendo desenvolvido o executivo pelo escritório de Jacques Pilon.
A torre apresenta um desenho associado ao International Style, sem relação direta com o lugar onde se implanta.


Bibliografia: Costa, Sabrina Studart Fontenele – relações entre o traçado urbano e os edifício modernos no Centro de São Paulo (1938 / 1960) 

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