Ao falar do
crescimento do número de automóveis na vida urbana da metrópole não poderíamos
deixar de mencionar a importância do Plano de Avenidas para a expansão da
cidade nos anos 40/50 e a sua contribuição para a expansão do setor hoteleiro.
O Plano de Avenidas
elegia o sistema viário como o direcionador do crescimento da cidade. O Plano,
embasado na criação de vias perimetrais e radiais, tornou a cidade um organismo
fluído e, sobretudo vivo. A cidade de São Paulo, no século XX acumulou uma
grande quantidade de planos urbanísticos, no entanto a grande dificuldade de implantação destes planos foi que estes
tiveram que se confrontar com a cidade existente.
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Trecho inicial da Av: Nove de Julho |
A cidade se
contrapunha à estagnação dos séculos anteriores. Avenidas como a Ipiranga e
Nove de Julho. É deste período a conclusão da avenida Nove de Julho e o
alargamento do perímetro de irradiação concebido para desafogar o centro:
Senador Queiroz, São Luiz, Ipiranga, o prolongamento das avenidas Paulista e
Pacaembu e o alargamento da Avenida São João.
As avenidas
Ipiranga e Nove de Julho receberam incentivos de desenvolvimento e tornaram-se polos
atrativos na nova malha urbana, enaltecida pelo automóvel.
A maioria dos
hotéis que se instalaram na cidade, nos anos 50, estava localizado nos eixos da
Avenida Ipiranga e Nove de Julho.
No eixo da Avenida
Ipiranga destacamos os hotéis: Excelsior, Marabá, Terminus, Copan e Hilton. No
eixo Nove de Julho o destaque recai sobre os hotéis: São Paulo, Cambridge e
Paris.
O Plano de
Avenidas, além de concretizar a abertura e o alargamento de dezenas de avenidas
ocasionou a demolição de um grande número de construções, gerando uma escalada
nos preços dos terrenos em seu entorno. Neste contexto a especulação
imobiliária foi um fator que não pode ser desprezado na construção de novos
edifícios. A intenção era clara: modernizar. Prestes Maia era um apaixonado
pelo embelezamento da cidade e interessou-se em dar a São Paulo a dimensão que
acreditava ser digna de sua importância no quadro nacional.
Bibliografia:
Monteiro – Ana Carla de Castro Alves – Os hotéis da Metrópole- O contexto
histórico e urbano da cidade de São Paulo através da produção arquitetônica
hoteleira (1940 – 1960)