domingo, 7 de setembro de 2014

As Mudanças no Centro Novo da cidade de São Paulo

Foi a partir da reforma do Código Arthur Saboya ocorrido através do ato nº 663, de 10 de agosto de 1934 que a cidade debordou dos estreitos limites do sítio urbano primitivo, onde por três séculos se havia enclausurado e cujo raio não ia além de um quilômetro da Pra da Sé. Seus tentáculos avançaram, em poucas décadas até a distancias de 5 a 10km do tradicional Triângulo, englobando na área urbana velhos e isolados subúrbios, como a Freguesia do Ó, Penha, Ipiranga e Pinheiros.
Rua: Barão de Itapetininga começo do sec. XX
No início dos anos de 1930, o foco dos investimentos imobiliários foi a região localizada a oeste do Vale do Anhangabaú.
A área mudou seu perfil urbano de maneira intensa em poucas décadas e abrigou diversos arranha-céus em seu terreno.
A região ficava na direção dos caminhos que levavam às cidades mais produtivas no interior: Itú, Sorocaba e Campinas. A partir do século XIX, a região foi ocupada por chácaras pertencentes às diversas famílias com vínculos à produção de café. O mapa da cidade de São Paulo de 1800 -1874 apresenta claramente essa demarcação.
Nas várzeas oeste do Anhangabaú, região conhecida como Morro do Chá ficava a Chácara do Barão de Itapetininga. Ao seu lado, onde seria aberta a rua São Luis, localizava-se a Chácara do Barão de Souza Queiroz; abaixo da rua da Consolação se localizava a Chácara Martinho da Silva Prado; enquanto na região da futura Vila Buarque estava a Chácara do Marechal Arouche.
Além das chácaras, era marcante a presença de um espaço público- que daria origem à Praça da República inicialmente denominada Campos dos Curros, que depois passaria a Praça dos Curros. O nome remete às touradas que ocorriam frequentemente no local.
Já no final do século XIX, grande parte das chácaras começou a ser loteada dando lugar aos terrenos livres para implantação dos primeiros prédios. O mapa de 1877 já mostrava a Praça dos Curros com o nome de Largo Sete de Abril e as novas vias abertas na região do Morro do Chá: ruas Conselheiro Crispiniano, 24 de maio, Barão de Itapetininga e Xavier de Toledo. Com a morte do Barão de Itapetininga e Xavier de Toledo. Com a morte do Barão de Itapetininga, em 1876, a região foi loteada e deu origem a esses novos logradouros.
Também a Chácara do Barão de Souza Queiroz foi dividida após a sua morte, em 1897, e deu origem a uma divisão de terreno.


Bibliografia: Costa, Sabrina Studart Fontenele – relações entre o traçado urbano e os edifício modernos no Centro de São Paulo (1938 / 1960)