domingo, 10 de abril de 2011

Rua da Consolação

Todos os Centros da Paulicéia, Ponciano Levino

É pouco larga, extensa, tortuosa”. Assim era descrita a rua da Consolação em 1900. Veja só a grande reta que temos hoje.

Por volta de 1865, a grande avenida da Consolação, hoje larga e sempre congestionada, era uma pequena rua que servia de caminho para o longínquo bairro de Pinheiros e a cidade de Sorocaba. A freguesia da Consolação nasceu do retalhamento de chácaras em 1870, e naquele ano já registrava mais de 3.500 almas. Seu segundo nome foi ladeira do Piques, em homenagem a um comerciante muito popular. Diz a lenda que Antônio Ferreira Piques era famoso “ o mais querido leiloeiro de escravos de São Paulo”. Antes ainda, a Consolação teve o nome de Anhangavahi de cima. Igreja da Consolação

A igreja Nossa Senhora da Consolação, é que emprestou seu nome ao bairro e a avenida e em 1871 já era uma grande paróquia. O bairro era constituído de casas modestas, até que chegaram os barões do café com seus casarões e mansões, mudando por completo a paisagem. Em 1900, tinha seus palacetes na Consolação o doutor Nicolau de Sousa Queirós e Antônio Queirós.

O local começou a ser procurado pelos novos ricos brasileiros, os imigrantes enriquecidos pelo comércio.

Aos pouco, quando os barões se cansaram e foram deixando as mansões de lado, a região iniciou seu declínio. Da mesma forma e quase ao mesmo tempo, estabelecimentos comerciais foram tomando conta das imediações. Hoje a Consolação é um bairro eminentemente comercial, com uma vida noturna bem agitada graças aos alunos do colégio e faculdade Mackenzie

È na tradicional avenida da Consolação que está o restaurante Sujinho que marou época em São Paulo e que continua muito frequentado. O Sujinho é um estabelecimento típico das madrugadas de São Paulo, por isso é carinhosamente chamado de “Bar das Putas”.

Agora , na Consolação, o paulistano encontra tudo em matéria de lustres, abajures, luminárias e material elétrico.