As décadas de 1950 e 1960 foi um período de grande
velocidade coincide com a estruturação na cidade coincide com a estruturação do
exercício profissional dos arquitetos.
Neste momento também, a verticalização se expande para
outras regiões além dos limites centrais como Higienópolis e Santa Cecília
apresentando majoritariamente um desenho moderno.
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Edifício Japurá |
A arquitetura moderna implantava-se na cidade em um
período de grandes mudanças culturais, econômicas e sociais, conforme descrito
no capítulo anterior.
Isto era visível inclusive nos novos espaços e novos
programas, que surgiam relacionados diretamente a este novo modo de vida.
Os apartamentos residenciais eram cada vez mais
procurados como forma de investimentos, mas também como novo modo de morar das
famílias. Enquanto o edifício de Julio de Abreu, na avenida Angélica, e o
edifício Columbus marcavam o investimento da iniciativa privada em habitação
vertical, O Poder Público também incentivava estas construções como tentativa
de diminuir o déficit habitacional.
Neste contexto, ganhavam destaque os conjuntos habitacionais
financiados pelos Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs) – primeiro órgão
federal montado para atuar na produção de moradia.
Eles revelavam uma nova forma de morar moderna, abrigando
diversas famílias em um mesmo edifício com uma nova escala urbana.
Os IAPs foram responsáveis pelo primeiro grande programa
empreendido pelo estado para a construção de habitação.
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Edifício garagem |
Foi à primeira vez em São Paulo, os arquitetos modernos
tiveram a oportunidade de desenvolver projetos para obras de caráter público
ligados a em órgão de governo seja ele municipal, estadual ou federal,
contribuindo de maneira direta para a afirmação da arquitetura moderna no
Brasil.
Nas proximidades do anel do Perímetro de Irradiação, na
rua Japurá, foi construído o Edifício Japurá (IA PI), projetado por Eduardo
Kreise de Mello em 1945, com 310 unidades habitacionais.
Destaca-se realmente, neste conjunto, a tentativa de
aliar qualidade à economia em um edifício vertical, oferecendo, segundo sua
definição, habitação ao invés de uma simples moradia de usuários.
Com o desenvolvimento da indústria automobilística, o
número crescente de carros circulando pela cidade exigia não apenas vias largas
para circulação, mas também áreas de estacionamento.
Espaços públicos como a Praça da Sé ou o vale do
Anhangabaú eram frequentemente registrados em fotografias com acúmulo de carros
dos usuários que estavam no Centro.
Esta necessidade estimulou o aparecimento de um novo tipo
de edifício a ser proposto pelos arquitetos modernos: os edifício garagens Rino
Levi projetou a Garagem América (1952) na Avenida 23 de maio que estava
diretamente vinculada à questão da circulação e estacionamento de veículos na
área central.
Bibliografia:
Costa, Sabrina Studart Fontenele – relações entre o traçado urbano e os
edifício modernos no Centro de São Paulo (1938 / 1960)