sábado, 31 de janeiro de 2015

São Paulo implanta arquitetura moderna.

As décadas de 1950 e 1960 foi um período de grande velocidade coincide com a estruturação na cidade coincide com a estruturação do exercício profissional dos arquitetos.
Neste momento também, a verticalização se expande para outras regiões além dos limites centrais como Higienópolis e Santa Cecília apresentando majoritariamente um desenho moderno.
Edifício Japurá
A arquitetura moderna implantava-se na cidade em um período de grandes mudanças culturais, econômicas e sociais, conforme descrito no capítulo anterior.
Isto era visível inclusive nos novos espaços e novos programas, que surgiam relacionados diretamente a este novo modo de vida.
Os apartamentos residenciais eram cada vez mais procurados como forma de investimentos, mas também como novo modo de morar das famílias. Enquanto o edifício de Julio de Abreu, na avenida Angélica, e o edifício Columbus marcavam o investimento da iniciativa privada em habitação vertical, O Poder Público também incentivava estas construções como tentativa de diminuir o déficit habitacional.
Neste contexto, ganhavam destaque os conjuntos habitacionais financiados pelos Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs) – primeiro órgão federal montado para atuar na produção de moradia.
Eles revelavam uma nova forma de morar moderna, abrigando diversas famílias em um mesmo edifício com uma nova escala urbana.
Os IAPs foram responsáveis pelo primeiro grande programa empreendido pelo estado para a construção de habitação.
Edifício garagem
Foi à primeira vez em São Paulo, os arquitetos modernos tiveram a oportunidade de desenvolver projetos para obras de caráter público ligados a em órgão de governo seja ele municipal, estadual ou federal, contribuindo de maneira direta para a afirmação da arquitetura moderna no Brasil.
Nas proximidades do anel do Perímetro de Irradiação, na rua Japurá, foi construído o Edifício Japurá (IA PI), projetado por Eduardo Kreise de Mello em 1945, com 310 unidades habitacionais.
Destaca-se realmente, neste conjunto, a tentativa de aliar qualidade à economia em um edifício vertical, oferecendo, segundo sua definição, habitação ao invés de uma simples moradia de usuários.
Com o desenvolvimento da indústria automobilística, o número crescente de carros circulando pela cidade exigia não apenas vias largas para circulação, mas também áreas de estacionamento.
Espaços públicos como a Praça da Sé ou o vale do Anhangabaú eram frequentemente registrados em fotografias com acúmulo de carros dos usuários que estavam no Centro.
Esta necessidade estimulou o aparecimento de um novo tipo de edifício a ser proposto pelos arquitetos modernos: os edifício garagens Rino Levi projetou a Garagem América (1952) na Avenida 23 de maio que estava diretamente vinculada à questão da circulação e estacionamento de veículos na área central.


Bibliografia: Costa, Sabrina Studart Fontenele – relações entre o traçado urbano e os edifício modernos no Centro de São Paulo (1938 / 1960) 

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