Nasceu a 16 de novembro de 1799, filho do Coronel Joaquim José dos Santos e de Antônia Josefa Mandes da Silva e recebeu o nome de Joaquim José dos Santos Silva. Foi proprietário rural e empresário.
Casou-se com Ana Eufrosina Pereira Mendes ou Ana Pereira dos Santos, deste primeiro casamento nasceu, Maria Hipólita dos Santos Silva, casou-se com Amador Rodrigues de Lacerda, Barão de São João do Rio Claro. No segundo casamento casou-se com Joaquim Egídio de Sousa Aranha, Marquês de Três Rios
O Barão de Itapetininga casou-se em 1861 com Corina de Sousa Castro, a qual, enviuvando do Barão de Itapetininga, casou-se com Francisco Xavier Pais de Barros, Barão de Tatuí, de cujo casamento nasceu a filha Antônia dos Santos, que se casou com Eduardo da Silva Prates, Conde de Prates.
Joaquim José dos Santos Silva recebeu o título de Barão de Itapetininga de Dom Pedro II em 23 e dezembro de 1863. Sua propriedade mais célebre era a "Chácara do Cadete Santos depois Chácara do Chá", compreendendo as ruas Formosa, Barão de Itapetininga, Sete de Abril e Vinte e Quatro de Maio. Desta propriedade após sua morte resultaram as ruas: Sete de Abril, Barão de Itapetininga, 24 de maio, Dom José de Barros e rua Marconi.
“Durante muitos anos, até sua morte, o Barão de Itapetininga, agiotando parte de sua fortuna, foi credor e financiador de várias realizações provinciais. A Câmara, sua principal devedora,a ele recorria para livrar-se das aperturas financeiras e chegou a avolumar empréstimos superiores a 300 contos de reis, ao longo de vários exercícios fiscais.” (Jorge p. 82(1)
O Barão de Itapetininga foi síndico da irmandade de Santa Tereza e recolhia o dízimos dos fieis, conforme escritura de Quitação de 04 de outubro de 1855, lavrada no 2º Cartório de Notas.
Em 1856 o Barão de Itapetininga residia na Rua Nova de São João onde o devedor Conselheiro Dr. Carlos Casemiro dos Campos foi para lavrar uma escritura de quitação de hipoteca de Hum Conto de reis que devia desde 08 de junho de 1847.
A 27 de abril de 1858 o Barão de Itapetininga lavra uma escritura de transferência de “hypoteca” a Joaquim Martins de Vasconcelos de Abreu da devedora Joaquina Escolastica. Nesta ocasião continuava residindo na Rua Nova de São João.
A principal escritura lavrada no 2º Cartório de Notas foi a fiança que o Barão de Itapetininga, Joaquim José dos Santos Silva recebe de José Francisco dos Santos, seu tio, para que o Barão exerça o emprego de tesoureiro da fazenda desta Província. “Cargo para que fora interinamente nomeado e do qual para exercer oferecia fiador a José Francisco dos Santos, conforme artigo 72 da carta de lei de 04 de outubro de 1831”.
A propriedade do Barão, Chácara do Chá foi herdada de seu tio Francisco Xavier dos Santos, o mesmo que lhe ofereceu fiança para que fosse tesoureiro da fazenda da Província. Os limites desta propriedade são: Córrego Anhangabaú, Largo da Memória, Rua Sete de Abril, Rua Ipiranga e Praça da República até a “Rua Nova de São João”, atual Av : São João e desta até o leito do córrego do Anhangabaú.
Durante toda a sua vida não permitiu a desapropriação de sua Chácara, em parte ou no todo, para abertura de ruas, afinal ele era o maior credor da municipalidade. Após sua morte em 11 de junho de 1876 é que suas herdeiras foram desapropriadas, com benefício fiscais, para abertura da rua Formosa, Barão de Itapetininga, Viaduto do Chá e Vinte e Quatro de Maio.
(1) Jorge, Clóvis de Athayde - Consolação uma reportagem histórica