Para se chegar aos bairros novos de Campos Elíseos e à Chácara Nothman era mais rápido atravessar o Viaduto do Chá. Seguindo reto pela rua Barão de Itapetininga dava-se na Praça da República e desta para a Lagoa do Arouche, hoje Largo do Arouche. Pela esquerda, Vila Buarque, Higienópolis. Para a direita, Campos Elíseos , Barra Funda e a Chácara do primeiro prefeito de São Paulo, Antônio da Silva Prado.(1:100) “Do viaduto do Chá viam-se os bairros industriais do Bom Retiro e da Luz”. “Sobre a estrutura metálica do viaduto atravessavam vigas de madeira de lei, cruzadas longitudinalmente pelos trilhos dos bondes de tração animal. Nos passeios laterais, o piso era de tábuas de madeira, deixando vãos de um a dois centímetros, que entonteciam os que sofrem de vertigem das alturas. Toda a estrutura do viaduto trepidava quando passavam os bondes”. (1:124)
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Depois de muita briga, abaixo assinados da população, tribuna dos vereadores e defesa dos investidores da empresa o intendente de finanças foi autorizado pelo prefeito, Antônio da Silva Prado e pelo presidente da câmara Antônio Prost Rodovalho através da lei nº 276 de 30 de setembro de 1896 a encampar o Viaduto do Chá , pelo preço de 750 contos de reis, sendo o pagamento feito com títulos da Câmara ao juro de 6% ao ano e 1% de amortização. Em contra partida a municipalidade estava autorizada a aumentar 20% os impostos de viação isentando-se carroças sem molas que não poderiam trafegar pelo viaduto.
A grande verdade é que a municipalidade acabou assumindo o caminho para irreversível desenvolvimento. Não havia saída, era comprar ou comprar porque o pedágio não podia continuar e os investidores tinham o direito de cobrar para deixar passar. Assim, a única saída foi a municipalidade comprar o Viaduto
(2) – Contrato de Encampação do Viaduto do Chá – 1896 – AHMSP
A Lei 276 de 30 de setembro de 1896 encampou o Viaduto do Chá aos próprios municipais da jovem administração do município de São Paulo.
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