A especulação
imobiliária gerou o uso intensivo do solo e a proliferação dos grandes
edifícios na cidade. Foi o momento em que os aranha-céus se espalharam na malha
urbana. Neste momento nos deparamos com o imaginário americano assimilado pelos
ideais que norteavam o crescimento da cidade e a relação construtiva com a ideia
de progresso avanço e superação.
A metrópole
adquiriu um caráter de transitoriedade muito elevado, evidenciando em uma
sociedade sem raízes massificada e sem memória. A falta de raízes da sociedade
cafeeira perante o surgimento de uma metrópole complexa do dia para a noite
lançou, a necessidade da assimilação de fragmentos das organizações
metropolitanas europeias e, sobretudo com o final da II Guerra.
A imagem
americana de supremacia industrial e soberania mundial surgiram na cidade de
São Paulo como importante referência a ser seguida. A imagem dos aranha-céus
das cidades americanas foi difundida e assimilada na cidade em transformação.
Um dos
primeiros edifícios a superar a marca dos vinte andares depois do Martinelli,
foi o Hotel Excelsior. O edifício marcou o skyline da Avenida Ipiranga. Para a
hotelaria paulistana surgiu como um projeto inovador pelo uso de novos
materiais pelo programa misto arrojado e, sobretudo, pela nova relação de um
edifício com a cidade.
A semelhança
de São Paulo com as cidades americanas era visível São Paulo era semelhante a
Chicago e a outras cidades americanas era visível naquele momento, os edifícios
e o planejamento urbano tinham grande similaridade à produção americana. O
código de Obras Arthur Saboya foi claramente ionfluenciado pelo Bulding Code de
Nova York.
O crescimento
de São Paulo lembra “Chicago sul-americana” onde ruas estreitas, edifícios
altos, centro congestionado, capital do progresso, metrópole moderna eram as
novas imagens assimiladas pela sociedade paulistana.
Nos anos 40
as semelhanças eram impressionantes e quase unânimes nos relatos dos americanos
que, visitavam a cidade.
As
referências aos padrões americanos nos anos 40, sobretudo as ideologias
centradas na questão do aranha-céus, eram visíveis. A influência estética
americana nos projetos dos hotéis Othon e São Paulo foi significativa. Ambos de
autoria do arquiteto Dacio A. de Moraes, tem o reforço do embasamento marcado
por uma delicada cobertura. O ritmo das janelas e suas molduras também se
assemelham ao padrão americano e o destaque a parte superior do edifício
reforçam as semelhanças.