quinta-feira, 19 de setembro de 2013

São Paulo se americaniza rapidamente nos anos 40 e 50.

A especulação imobiliária gerou o uso intensivo do solo e a proliferação dos grandes edifícios na cidade. Foi o momento em que os aranha-céus se espalharam na malha urbana. Neste momento nos deparamos com o imaginário americano assimilado pelos ideais que norteavam o crescimento da cidade e a relação construtiva com a ideia de progresso avanço e superação.

A metrópole adquiriu um caráter de transitoriedade muito elevado, evidenciando em uma sociedade sem raízes massificada e sem memória. A falta de raízes da sociedade cafeeira perante o surgimento de uma metrópole complexa do dia para a noite lançou, a necessidade da assimilação de fragmentos das organizações metropolitanas europeias e, sobretudo com o final da II Guerra.
A imagem americana de supremacia industrial e soberania mundial surgiram na cidade de São Paulo como importante referência a ser seguida. A imagem dos aranha-céus das cidades americanas foi difundida e assimilada na cidade em transformação.
Um dos primeiros edifícios a superar a marca dos vinte andares depois do Martinelli, foi o Hotel Excelsior. O edifício marcou o skyline da Avenida Ipiranga. Para a hotelaria paulistana surgiu como um projeto inovador pelo uso de novos materiais pelo programa misto arrojado e, sobretudo, pela nova relação de um edifício com a cidade.
A semelhança de São Paulo com as cidades americanas era visível São Paulo era semelhante a Chicago e a outras cidades americanas era visível naquele momento, os edifícios e o planejamento urbano tinham grande similaridade à produção americana. O código de Obras Arthur Saboya foi claramente ionfluenciado pelo Bulding Code de Nova York.
O crescimento de São Paulo lembra “Chicago sul-americana” onde ruas estreitas, edifícios altos, centro congestionado, capital do progresso, metrópole moderna eram as novas imagens assimiladas pela sociedade paulistana.
Nos anos 40 as semelhanças eram impressionantes e quase unânimes nos relatos dos americanos que, visitavam a cidade.
As referências aos padrões americanos nos anos 40, sobretudo as ideologias centradas na questão do aranha-céus, eram visíveis. A influência estética americana nos projetos dos hotéis Othon e São Paulo foi significativa. Ambos de autoria do arquiteto Dacio A. de Moraes, tem o reforço do embasamento marcado por uma delicada cobertura. O ritmo das janelas e suas molduras também se assemelham ao padrão americano e o destaque a parte superior do edifício reforçam as semelhanças.

Bibliografia: Monteiro – Ana Carla de Castro Alves – Os hotéis da Metrópole- O contexto histórico e urbano da cidade de São Paulo através da produção arquitetônica hoteleira (1940 – 1960)

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