Ainda guarda um ar aristocrático a bela avenida Sâo Luis. Deve ser o grande número de agências de turismo que existem por ali somado a elegante loja da H.Stern da esquina da avenida Ipiranga, além é claro dos imensos edifícios. Nos primeiros anos do século XX, majestosas residências e belos palacetes e solares de famílias quatrocentonas enfeitavam a paisagem de uma área que já havia sido chamada de beco Comprido. O terreno da São Luis pertencia ao senador e barão Francisco Antônio de Sousa Queirós. Tomou o nome de São Luis em 1860, em homenagem ao Bragadeiro Luis Antônio.
Por um bom tempo, nos anos 1960 e 1970, alguns bares conseguiram manter-se por ali, como o Barba Azul, abrigado quase na esquina com a avenida Ipiranga. Tinha até mesinhas pela calçada, uma beleza. No sentido inverso, na esquina da rua da Consolação, havia um restaurante freqüentado pelos editores de jornais, empresários e homens de negócios. Repórter, só no dia do pagamento, e olhe lá! (1).
Essa via pública remonta aos tempos primitivos da cidade. Teve a denominação, antigamente de Beco Comprido.
É uma rua tradicional, das primeiras que se formaram ligando a Consolação à Vila Buarque.Faz parte do bloco do qual se originou a rua Araujo, “trecho do antiqüíssimo caminho colonial que ligava o centro da cidade ao Rio Pinheiros”
A rua São Luis foi uma das mais bem nascida no bairro da Consolação no ano de 1828, cujo nome deveu à Irmandade de Nossa senhora da Consolação.
Tornou-se a avenida que hoje conhecemos para amarrar o círculo de ligação urbanístico, irradiadora da metrópole idealizado pelo Plano de Avenidas do então prefeito Prestes Maia.(2)
(1)Todos os Centros da Paulicéia – Ponciano, Levino
(2) São Paulo de Outrora Evocações da metrópole – Moura, Paulo Cursino