sábado, 24 de setembro de 2011

Rua Epitácio Pessoa


Epitácio Pessoa

A rua é mais uma viela aberta no antigo Campo dos Curros; e dizemos dos Curros porque ali se curravam bois e cavalos no tempo do Brasil Colônia, o mesmo campo que depois se chamou largo da palha, depois sete de Abril, em homenagem a abdicação de D. Pedro I e atualmente Praça da República.
Pois a rua Epitácio Pessoa foi aberta sobre o traçado dessa Chácara dos Curros e se bifurcava com outra rua chamada de Beco Comprido que é a atual Avenida São Luis.
Epitácio da Silva Pessoa nasceu na Vila de Umbuzeiro, Paraíba, em 23 de maio de 1865. Órfão desde tenra idade fez seus estudos secundários no Ginásio Pernambucano de 1874 a 1881; no ano seguinte matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife e ali se bacharelou em 1886. Logo depois foi nomeado promotor público em Bom Jardim, de onde se transferiu em 1887 para a cidade do Cabo.
Proclamada a República foi secretário da Paraíba e deputado da Constituinte e da primeira Legislatura.
Em 22 de fevereiro de 1891 foi nomeado professor da Faculdade do Recife, cargo esse que exerceu até 1902. Foi ministro da Justiça e dos Negócios Interiores de 15 de novembro de 1898 a cinco de agosto de 1901.
Em 1902 foi nomeado ministro do Supremo Tribunal. Nesse cargo aposentou-se em 1912. Eleito senador pela Paraíba, representou o Brasil na Conferência Internacional da Paz.
Na Europa, embora ausente do Brasil, ele estava sendo eleito para substituir na presidência da república o venerando Rodrigues Alves que, por grave enfermidade, não pudera tomar posse. Elegeu-se presidente da República e tomou posse desse alto cargo em 28 de julho de 1919 e governou até 1922.
Não foi pacífico o seu mandato, pois teve de arcar com grave crise política, não se deixando vencer por guerrilhas ou levantes.
Faleceu em Petrópolis, Rio de Janeiro em 12 de fevereiro de 1942.
Bibliografia:
São Paulo de Antigamente, história pitoresca  de suas ruas – Vitor Manoel
Ruas de São Paulo – Arquivo Histórico da Cidade de São Paulo-

domingo, 18 de setembro de 2011

Rua Washington Luís


São Paulo de Antigamente, História Pitoresca de suas Ruas. Vitor Manoel

Havia antigamente, alí pelos lados do bairro da Luz uma chácara muito bonita que pertenceu a Miguel Carlos.
Quando o progresso começou a comer a paz bucólica dos cenários de antanho, a chácara sumiu para dar lugar a algumas ruas, entre elas a Florêncio de Abreu e a Brigadeiro Tobias, que naquele tempo se chamava rua Alegre.
Havia ali também outra grande chácara, essa pertencente ao Senador Queiroz, que até hoje conserva o seu nome na mesma rua, agora de intenso movimento e que nada mais era, antigamente, do que o célebre Caminho de Piratininga.
Washington Luiz
Surgiu então, entre as ruas Florêncio de Abreu e a Brigadeiro Tobias, outra rua que, por estar mais perto do Seminário da Luz, recebeu o nome de Rua Episcopal.
Quando o progresso avassalador, já na metrópole barulhenta, necessitou de esticar essa rua mais além, cogitou-se de homenagear o Governo Washington Luís, e a rua Episcopal passou a chamar-se rua Washington Luis.
Washington Luís Pereira de Sousa nasceu em Macaé, 26 de outubro de 1869. Faleceu em São Paulo, 4 de agosto de 1957 foi advogado, historiador e político brasileiro, décimo primeiro presidente do estado de São Paulo, décimo terceiro presidente do Brasil e último presidente da República Velha.
Foi deposto em 24 de outubro de 1930, vinte e um dias antes do término do seu mandato como presidente da república, por um golpe militar, que passou o poder, em 3 de novembro, às forças político-militares comandadas por Getúlio Vargas, na Revolução de 1930. Foi o criador do primeiro serviço de Inteligência do Brasil em 1928.
O apelido que o definia era Paulista de Macaé, pois, embora nascido no estado do Rio de Janeiro, sua biografia política foi toda construída no estado de São Paulo. Foi chamado também de O estradeiro, e, durante a Revolução de 1930, de Doutor Barbado pelos seus opositores.