quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Praça da República é do povo

A Praça da República já foi palco de desfiles militares de 7 de setembro e 15 de novembro. Também serviu de palco para muitos outro eventos de cunho religioso das festas de Santa Cruz da rua do Pocinho, viela remanescente de 1847.

O presidente estadual Bernardino José de Campos Junior, ao decidir-se pela construção da Escola Normal Caetano de Campos, a partir de 1892, concorreria para a reurbanização da área e seu futuro.

Em 1897 o Circo Universal foi ali instalado com seus circos de cavalinhos, roda gigante e carrosséis mecânicos. A praça era o espaço preferido das trupes que passaram pela cidade no final do século XIX.

A cidade começava a crescer e a praça servia de pasto para animais e pouca gente se habilitava a construir suas casas naquele terreno baldio. Mesmo com as ruas Barão de Itapetininga e 24 de Maio terminando na sua proximidade.

O espaço começa a tomar a feição de praça quando a lei nº 300 de 26 de janeiro de 1897

autoriza vários melhoramentos na Praça da República. No entanto, a lei n° 542 de o8 de outubro de 1901autoriza o prefeito a mandar executar os serviços de melhoramentos e embelezamentos da Pça da República. E o seu aspecto muda completamente com algumas construções abeiradas na sua extensão pelo lado da atual avenida Vieira de Carvalho.

Reformada a partir de 1909, tornou-se ampla, arruada, arborizada e gramados onde se proibia pisar, sob pena de multa.

Em 1911 Bento Ribeiro dos Santos Camargo, poeta e teatrólogo residente na rua Bento Freitas, instalou na praça uma montanha russa que resultou em total fracasso financeiro.

Em 1919, quase esquina com a rua do Arouche foi construído um espaço para patins sobre rodas sobre. Foi outro fracaço financeiro e o espaço em 1921 se tornou o Cine República. Esta mesma construção em 1936 foi ocupado pela Recebedoria Federal que ao mudar para a rua Florêncio de Abreu, deixou o local vazio e, vez por outra era arrendado para clubes que ali promoviam bailes de carnaval. Em 1952 este espaço voltou a ser cinema com 2.254 lugares de poltronas estofadas. Em 1978 este cinema foi demolido e em seu lugar aberto o escritório do canteiro de obras metropolitano

A praça da Republica sempre foi reduto dos alunos do Colégio Caetano de Campos que não raro gazeteavam aulas pelos seus caminhos.

Hoje a escola é a Secretaria Estadual de Educação. Na sua frente e em uma das suas laterais estão as entradas para a estação República do Metro. Aos finais de semana a praça recebe a feira de artesanato mais tradicional da cidade e uma vez ao ano a feira cede espaço para a Virada Cultural.

Bibliografia: Jorge, Clovis de Athayde - Consolação uma reportagem histórica