segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Conhecendo o Copan por dentro do projeto

Edificio Copan

Um primário estudo, elaborado pelo escritório norte-americano Holabrid, Root & Burgie, do qual persiste apenas o registro publicado pelo jornal a Folha da Manhã, de mostra claramente essa escolha. O empreendimento inicialmente pretendido é constituído de três blocos cuja disposição se ajusta aos limites do terreno. A maquete apresenta um conjunto composto por três blocos sob a forma de lâminas verticais implantadas sobre um bloco de embasamento que reúne todo o conjunto, cuja disposição se ajusta aos limites dos fundos do lote, liberrrando a maior frente possível para as faces voltadas para a avenida .
A esbeltez dessas lâminas e o movimento sugestivo de sua distribuição parecem ter conduzido à forma final adotada pelo projeto de Oscar Niemeyer, reinter pret, porém, numa forma totalizante, que suaviza as buscas mudanças de ângulo à rende de Le Corbusier. Desse modo, a solução do Copan parece fundir esses dois arranjos a partir de uma boa solução de partido precedente.
O conjunto compreendia um ambicioso programa que conjugava dois blocos distintos um destinado ao uso residencial e outro à atividade hoteleira.
A viabilidade do empreendimento dependia de uma escala até então sem precedentes e o conjunto de instalações do “Maciço Turistico do Copan”, como
Então era chamado, compreendia além do hotel e do edifício residencial um vasto programa de atividades.
A lei nº 41 de 1940 e o art. 32 de C.O. determinam construções no alinhamento, procurando impedir diversidade de solução no loteamento fracionário de irregular que se apresenta na cidade, e em consequência, sucessivos avanços e recuos, com exposição à vista das paredes laterais não recuadas; nesse projeto, porquanto a edificação tomará a frente total de uma face do quarteirão entre a rua Araujo e a rua da Vila Normanda.
Mais adiante no parecer são arroladas justificativas para os pequenos recuos dos blocos no alinhamento nesse sentido pesou a abertura da via que permitia trânsito de carga e descarga. Confrontando-se os primeiros estudos de Niemeyer e a solução final incompleta, percebe-se o quanto a legislação dificultava uma solução moderna de quarteirão isolado, composto por blocos de edifícios isolados. Por outro lado, o pragmatismo da construção transformou os pilotis em rua coberta e comercial.
Os apartamentos não são bons para moradia, no entanto a plática do edifício o torna singular na paisagem do centro novo de São Paulo.

Bibliografia: Edifícios Modernos e o Centro Histórico de São Paulo dificuldades de textura e forma – Alessandro José Castroviejo Ribeiro – tese de doutorado-