Edificio Copan |
Um primário estudo, elaborado pelo escritório
norte-americano Holabrid, Root & Burgie, do qual persiste apenas o registro
publicado pelo jornal a Folha da Manhã, de mostra claramente essa escolha. O
empreendimento inicialmente pretendido é constituído de três blocos cuja
disposição se ajusta aos limites do terreno. A maquete apresenta um conjunto
composto por três blocos sob a forma de lâminas verticais implantadas sobre um
bloco de embasamento que reúne todo o conjunto, cuja disposição se ajusta aos
limites dos fundos do lote, liberrrando a maior frente possível para as faces
voltadas para a avenida .
A esbeltez dessas lâminas e o movimento sugestivo de sua
distribuição parecem ter conduzido à forma final adotada pelo projeto de Oscar
Niemeyer, reinter pret, porém, numa forma totalizante, que suaviza as buscas
mudanças de ângulo à rende de Le Corbusier. Desse modo, a solução do Copan
parece fundir esses dois arranjos a partir de uma boa solução de partido
precedente.
O conjunto compreendia um ambicioso programa que
conjugava dois blocos distintos um destinado ao uso residencial e outro à
atividade hoteleira.
A viabilidade do empreendimento dependia de uma escala
até então sem precedentes e o conjunto de instalações do “Maciço Turistico do
Copan”, como
Então era chamado, compreendia além do hotel e do
edifício residencial um vasto programa de atividades.
A lei nº 41 de 1940 e o art. 32 de C.O. determinam
construções no alinhamento, procurando impedir diversidade de solução no
loteamento fracionário de irregular que se apresenta na cidade, e em consequência,
sucessivos avanços e recuos, com exposição à vista das paredes laterais não
recuadas; nesse projeto, porquanto a edificação tomará a frente total de uma
face do quarteirão entre a rua Araujo e a rua da Vila Normanda.
Mais adiante no parecer são arroladas justificativas para
os pequenos recuos dos blocos no alinhamento nesse sentido pesou a abertura da via
que permitia trânsito de carga e descarga. Confrontando-se os primeiros estudos
de Niemeyer e a solução final incompleta, percebe-se o quanto a legislação
dificultava uma solução moderna de quarteirão isolado, composto por blocos de edifícios
isolados. Por outro lado, o pragmatismo da construção transformou os pilotis em
rua coberta e comercial.
Os apartamentos não são bons para moradia, no entanto a
plática do edifício o torna singular na paisagem do centro novo de São Paulo.
Bibliografia: Edifícios
Modernos e o Centro Histórico de São Paulo dificuldades de textura e forma –
Alessandro José Castroviejo Ribeiro – tese de doutorado-
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