Duque de Caxias |
As terras da Avenida estão no antigo terreno da chácara
do Campo Redondo, depois chamada de Campos Elíseos. E ainda nessa antiga grande
chácara que encontramos a origem da grande artéria.
Ali era anteriormente, campo, vasto campo, dentro do qual
o progresso veio depois traçar ruas e ruas, entre as quais a grande via que
agora usamos.
Chama-se Duque de Caxias porque no tempo em que a chácara
foi retalhada, o Brasil vinha saindo da Guerra do Paraguai e, então, para
homenagear os vultos civis e militares, foram sendo dados os seus nomes e
aquelas novas ruas abertas.
O Duque de Caxias merece respeito e admiração excepcional
do povo brasileiro.
Antes de duque, último título nobiliárquico que teve, foi
sucessivamente barão, visconde, conde, marquês e depois finalmente duque, tudo
isso merecido em virtude de seus atos e intenso valor patriótico.
Chamava-se Luís Alves de Lima e Silva. Nasceu no estado
do Rio, em 1802, num arraial denominado Porto da estrela.
O menino Luís, desde criança teve tanto pendor militar
que aos cinco anos era reconhecido cadete do 1º Regimento de Infantaria da
Corte. Claro que isso empolgou e não mais esqueceu a carreira das Armas e para
melhor nela se integrar cursou a Real Academia Militar.
Já moço, sua ação, seu nome, sua vida, teria de coincidir
com a Campanha da Independência, e , por isso nós o vemos no posto de tenente,
na Campanha da Bahia. Logo depois, quando o Padre Diogo Antônio Feijo foi
ministro da Justiça, ele era tido como o grande colaborador na repressão do
movimento restaurador dos Caramurus.
Sempre fiel ao Imperador, em 1840 foi ele o grande
pacificador da rebelião estourada no Maranhão. E foi nessa ocasião que ganhou o
primeiro título de Barão de Caxias. Para merecer os títulos de Visconde e
Conde, Caxias se destacou na invasão da província Cisplatina, derrotando Oribe.
E depois disso, sua glória maior, já como um dos valentes e consagradas
oficiais do Exército. Caxias entrou na Guerra do Paraguai como comandante das
Forças Brasileiras, vencendo o ditador Solano Lopes nas memoráveis batalhas de
Tuiuty, Humaitá e Uruguaiana.
Acabada a Guerra do Paraguai , ele foi elevado ao posto
de Marechal, entrando também na política, como senador pelo Estado do Rio
Grande do Sul.
Foi Conselheiro de Estado, Ministro da Guerra e membro do
Partido Conservador.
Terminou seus dias coberto de glórias, falecendo, já
cansado e avançado em anos, em 1880.
Bibliografia:
São Paulo de Antigamente; Historia pitoresca de suas ruas; Manoel Vitor
Bibliografia:
São Paulo de Antigamente; Historia pitoresca de suas ruas; Manoel Vitor