segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Avenida Duque de Caxias


Duque de Caxias

As terras da Avenida estão no antigo terreno da chácara do Campo Redondo, depois chamada de Campos Elíseos. E ainda nessa antiga grande chácara que encontramos a origem da grande artéria.
Ali era anteriormente, campo, vasto campo, dentro do qual o progresso veio depois traçar ruas e ruas, entre as quais a grande via que agora usamos.
Chama-se Duque de Caxias porque no tempo em que a chácara foi retalhada, o Brasil vinha saindo da Guerra do Paraguai e, então, para homenagear os vultos civis e militares, foram sendo dados os seus nomes e aquelas novas ruas abertas.
O Duque de Caxias merece respeito e admiração excepcional do povo brasileiro.
Antes de duque, último título nobiliárquico que teve, foi sucessivamente barão, visconde, conde, marquês e depois finalmente duque, tudo isso merecido em virtude de seus atos e intenso valor patriótico.
Chamava-se Luís Alves de Lima e Silva. Nasceu no estado do Rio, em 1802, num arraial denominado Porto da estrela.
O menino Luís, desde criança teve tanto pendor militar que aos cinco anos era reconhecido cadete do 1º Regimento de Infantaria da Corte. Claro que isso empolgou e não mais esqueceu a carreira das Armas e para melhor nela se integrar cursou a Real Academia Militar.
Já moço, sua ação, seu nome, sua vida, teria de coincidir com a Campanha da Independência, e , por isso nós o vemos no posto de tenente, na Campanha da Bahia. Logo depois, quando o Padre Diogo Antônio Feijo foi ministro da Justiça, ele era tido como o grande colaborador na repressão do movimento restaurador dos Caramurus.
Sempre fiel ao Imperador, em 1840 foi ele o grande pacificador da rebelião estourada no Maranhão. E foi nessa ocasião que ganhou o primeiro título de Barão de Caxias. Para merecer os títulos de Visconde e Conde, Caxias se destacou na invasão da província Cisplatina, derrotando Oribe. E depois disso, sua glória maior, já como um dos valentes e consagradas oficiais do Exército. Caxias entrou na Guerra do Paraguai como comandante das Forças Brasileiras, vencendo o ditador Solano Lopes nas memoráveis batalhas de Tuiuty, Humaitá e Uruguaiana.
Acabada a Guerra do Paraguai , ele foi elevado ao posto de Marechal, entrando também na política, como senador pelo Estado do Rio Grande do Sul.
Foi Conselheiro de Estado, Ministro da Guerra e membro do Partido Conservador.
Terminou seus dias coberto de glórias, falecendo, já cansado e avançado em anos, em 1880.


Bibliografia:
São Paulo de Antigamente; Historia pitoresca de suas ruas; Manoel Vitor

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