O Edifício
Flórida, antigo Hotel Flórida, foi construído no final dos anos 40. Sua
escritura data de 13 de dezembro de 1949. O projeto encomendado pela Cia de
Hotéis foi construído pela Construtora Camargo, e Pacheco S/A e consolidou a região da Santa Efigênia como o
principal ligação da Estação da Luz ao
Centro Novo.
O edifício,
coque.
m 16 andares
e 83 apartamentos, foi um marco construtivo na Av Senador Queiroz, possuindo
uma privilegiada visão da Avenida Ipiranga e da região da várzea do rio
Tamanduateí.
Os
apartamentos eram amplos e tinham mobiliário especialmente projetado. Muitas
pinturas compunham os espaços e painéis do escultor Di Machi situavam-se no hall
de entrada e no restaurante do Hotel.
O volume
escalonado foi um marco na estética do projeto do Hotel Flórida. Um recurso
adotado na época para maior ganho de altura e aproveitamento do uso do lote, no
caso deste projeto o evidencia no entorno da Av Senador Queiroz. O uso de
mármore no embasamento dos espaços semi-público também mereceu destaque.
Estado atual de conservação
Em 1961, o
hotel foi fechado e o edifício adaptado à habitação coletiva. Muitos
apartamentos mantiveram elementos originais do hotel (como luminárias,
banheiras, pisos e móveis) e outros foram transformados a gosto dos condôminos.
As intervenções no edifício foram poucas. As esquadrias, pisos e elementos de
fachada foram mantidos e conservados. Ocorreram melhorias sobre tudo, de
infraestrutura que visaram garantir a segurança e a manutenção de um edifício
“cinquentão” ao uso moderno de seus habitantes.
A fachada foi
pintada, as persianas de madeira deterioradas foram trocadas por PVC, porém
estas mudanças procuraram manter as características do projeto, agredida somente
pela intervenção de um proprietário que cobriu o terraço intermediário com
telhas de cimento que, além de trazer falta de segurança aos moradores e
pessoas que circulam na região, desfigurou a fachada original do edifício.
O terreno
antigamente ocupado por um restaurante, mantém suas portas fechadas. O acesso
ao edifício aos finais de semana foi preservado por um acordo entre moradores e
os integrantes da feira do “rolo” para preservarem e não cuparem as calçadas na
frente do edifício. O subsolo, antigamente ocupado pela cozinha do hotel está
vazio.
Bibliografia:
Monteiro – Ana Carla de Castro Alves – Os hotéis da Metrópole- O contexto
histórico e urbano da cidade de São Paulo através da produção arquitetônica
hoteleira (1940 – 1960)