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Igreja de Santa Ephigenia no Largo de Paissandu |
O largo do Paissandu, na sua história,
é algo de complicado. Comecemos pelo
nome Paissandu que vem com as primeiras investidas do Brasil na Guerra do Paraguai.
Foi naquele ano de 1864, quando o Império influindo na política interna do
Uruguai, lançou um pelotão do Exército, comandado pelo general Menna Barreto,
para atacar Paissandu. O cerco da praça durou quase um ano, terminando por abrirem
as tropas o caminho que desejavam até Montevidéo.
Como o nome Paissandu ficara célebre
naquela fase preparatória da Campanha do Paraguai, ao término da luta foi esse
nome dado ao Largo.
Antes, no entanto chamava-se Tanque do Zuninga, um tanque
que de fato deu nome a toda aquela vasta zona quinhentista e que saia de um
riacho chamado Iacuba, riacho esse que hoje, ou ficou seco ou foi canalizado na
época.
O fato é que o riacho se espalhava ali
pela Avenida São João, Paissandu e adjacências em diversas lagoas que se
alastravam sujas, invadindo o terreno e dificultando o trânsito. Por causa
destas lagoas o atual Largo do Paissandu chamava-se primeiramente Praça das
Lagoas, nome que o povo lhe dava com muita justiça, tantos era os alagados que
por ali se estendiam.
Acontece é que nas imediações é que se
localizava o Tanque do Zuniga, debatida origem de tantas outras ruas da velha
São Paulo. E ele era tanque exatamente porque num recesso baixo do terreno, as
águas das lagoas se juntavam em aspecto de tanque.
E o largo Paissandu de hoje também foi
chamado Largo do Tanque, ou Tanque do Zuniga, abandonando-se o nome das lagoas.
Onde está o córrego Iacuba se
construiu a Avenida Rio Branco e pensar que toda esta água o progresso da
cidade bebeu. Mudando o cenário de tal forma que hoje ninguém se lembra como
foi o local que agora aparece a pujança do desenvolvimento urbano, com uma
linda e tradicional igreja no centro, sem nada saber que ali era um barranco
que descambava para a rua do Seminário e para todas aquelas ladeiras que hoje
terminam sob o viaduto de Santa Ifigênia
Bibliografia:
São Paulo de Antigamente, historias
pitoresca de suas ruas; Vitor Manuel
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