A região do Vale do Anhangabaú também foi objeto de
atenção especial do prefeito Prestes Maia. Tendo sido Objeto de estudo e
proposta apresentada em seu Plano de Avenidas. Naquela área, se localizaria o
tronco do sistema Y do grande eixo norte-sul da cidade que foi adotado na terceira versão do Perímetro de Irradiação.
Vale do Anhangabaú - SP |
As vias 23 de maio (antiga Avenida Itororó) e 9 de julho
(antiga avenida Anhangabaú) originariam este sistema Y que deveria passar em
desnível sob o anel central.
As duas vias foram construídas como vias de fundo de
vale. Com a execução deste sistema, o Parque do Anhangabaú, assumiu a função de
eixo viário, e não mais de um parque, como fora sugerido em diversas propostas
históricas.
A ligação com a avenida Tiradentes, no sentido norte,
criou uma avenida ampla e expressa de grande relevância na circulação
norte-sul.
A pesquisa dos dispositivos legais demonstrou como as
obras naquela via foram executadas rapidamente a partir de 1940.
O decreto nº 374 declarou de utilidade pública os imóveis
necessários à ampliação do Parque Anhangabaú, a regularização de seu cruzamento
com a avenida 9 de julho, com a recomposição urbanística do lugar. O decreto nº
389 de 17 de dezembro de 1943 aprovou o plano de concordância dos alinhamentos
das ruas Anhangabaú e Pedro Lessa; o decreto nº 47, de 17 de dezembro de 1943,
ampliou o projeto de abertura da Avenida Anhangabaú, no trecho entre o Largo do
Riachuelo e a rua do Paraíso; enquanto o decreto nº 477, de 17 de dezembro de
1943, aprovou o prolongamento da avenida entre a Praça Rodrigues de Abreu e a
rua Curitiba
Os melhoramento urbanos foram propostos em diversos
pontos da avenida, especialmente em seu cruzamento com a avenida Nove de Julho
onde também foi proposta recomposição urbanística do local e obras
complementares (publicado no Decreto nº 374, de 18 de dezembro de 1942).
Enquanto que o Decreto-Lei nº 105, de 18 de julho de 1941, tratava do
alargamento da rua Anhangabaú entre a Praça do Correio e a rua Florêncio de
Abreu, decretando também de utilidade pública os imóveis localizados no
caminho.
Bibliografia:
Costa, Sabrina Studart Fontenele – relações entre o traçado urbano e os
edifício modernos no Centro de São Paulo (1938 / 1960)
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