Em
1920, as estatísticas registraram 1.875 novas construções que evoluíram para
3.922, em 1930. Isto significa quase um novo edifício por hora. O crescimento
da cidade era possível graças ao avanço econômico do Estado, o desenvolvimento
da função comercial e a preeminência politico-administrativa da cidade.
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Prédios antigos e modernos de São Paulo |
Este
quadro incentivava a execução de obras de melhorias urbanas no Centro Velho de
maneira a criar espaços urbanizados a prazíveis. Na gestão de Antonio Prado
(1889-1911), o Triangulo Histórico passou por uma remodelação que provocou o
novo alinhamento nas ruas XV de novembro, Alvares Penteado, Quintino Bocaiúva e
rua da Fundição ( rua Floriano Peixoto).
Na
rua XV de Novembro, caracterizada como principal área de comércio e serviços da
cidade, era marcante a agitação de pessoas que ocupavam as calçadas e ruas.
O
alargamento da via foi possibilitado pela demolição de antigos imóveis e a
liberação de terrenos onde foram implantados novos edifícios com uma feição
arquitetônica mais europeizada. Entre eles, destaca-se o London River Plate
Bank (1912), com onze andares.
Outra
via que se relaciona diretamente à história dos primeiros arranha-céus de São Paulo
é a rua Líbero Badaró. Sua renovação aconteceu por conta dos planos de
melhoramentos para a região do Anhangabaú, baseados no Plano Bouvard. A rua
também foi alargada passando dos tradicionais sete metros para dezoito metros –
e, recebeu novas construções baseadas numa legislação que impunha uma hegemonia
no conjunto arquitetônico. O alargamento da via aconteceu entre os anos de 1911
e 1914, concomitantemente ao alargamento da rua São João e a abertura da futura
Praça Patriarca.
Aliado
à questão segregadora, o projeto de remodelação do Anhangabaú tinha também como
principal objetivo a melhoria da circulação na área central. E o alargamento da
Líbero Badaró aparecia como a melhor alternativa para isso, ampliando a
capacidade viária da colina central sem precisar realizar custosas
desapropriações na zona do triângulo.
Para
sua ampliação, foram demolidos os imóveis do lado para da rua. Estas obras de
ampliação modificaram completamente seu perfil urbano. A rua antes conhecida
por ser um espaço de prostíbulos e cortiços, sofreu uma forte intervenção e
tornou-se uma das mais belas vias de São Paulo. Os novos prédios construídos
praticamente em um mesmo período – deveriam seguir um padrão estabelecido de
alturas e ornamentação.
Assim,
foi estabelecida uma harmonia arquitetônica que se diferenciava do restante da
cidade.
Bibliografia:
Costa, Sabrina Studart Fontenele – relações entre o traçado urbano e os
edifício modernos no Centro de São Paulo (1938 / 1960)
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