Conhecido
como o primeiro arranha-céu da cidade, o edifício Sampaio Moreira (1913-1924)
foi também construído na Rua Líbero Badaró. É um prédio de quatorze andares com
estrutura de concreto armado projetado por Cristiano Stocker das Neves. O
edifício foi projetado para realizar uma composição com os demais edifícios do
Vale do Anhangabaú, entre os quais os dois pavilhões construídos anos antes e
projetados por Samuel das Neves, pai de Cristiano . Implantava-se ainda nesta
via o Palacete Médice (1912) e o Palacete Riachuelo (1925-28), ambos com oito andares.
Anos mais tarde, na mesma rua, seria implantado o edifício
Martinelli, um dos
primeiros arranha-céus da cidade. Perpendicular à obra da rua Libero Badaró, a
avenida São João passou por um forte processo de remodelação que reforçou sua
vocação para ser um dos principais boulevardes paulistano. A via, que até
meados do século XIX se mostrava bastante insignificante ganhou destaque quando
foi ampliada e consolidou-se como acesso aos novos bairros da região oeste.
Vista aérea do Vale do Anhangabaú |
O
alargamento do primeiro trecho desta via aconteceu em 1913-14, durante a gestão
do Barão de Duprat como prefeito de São Paulo.
A
avenida foi estendida por vário quilômetros, alargada para 30 metros e
aplainada em alguns trechos – esta última medida inclusive tornava a travessia
do Anhangabaú mais fácil.
Além
disso, “(...) a São João foi objeto de legislação especial de 1912, obrigando
as construções a adotar um padrão de bulevar ”, blocos edificados contínuos,
continuidade especial das fachadas, chanfros e tratamentos especiais nas
esquinas . Gabaritos fixos não foram estabelecidos, mas essas medidas garantiam
certa homogeneidade volumétrica.
Bibliografia:
Costa, Sabrina Studart Fontenele – relações entre o traçado urbano e os
edifício modernos no Centro de São Paulo (1938 / 1960)
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