quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Edifício Sampaio Moreia foi o primeiro arranha-céu de São Paulo

Conhecido como o primeiro arranha-céu da cidade, o edifício Sampaio Moreira (1913-1924) foi também construído na Rua Líbero Badaró. É um prédio de quatorze andares com estrutura de concreto armado projetado por Cristiano Stocker das Neves. O edifício foi projetado para realizar uma composição com os demais edifícios do Vale do Anhangabaú, entre os quais os dois pavilhões construídos anos antes e projetados por Samuel das Neves, pai de Cristiano . Implantava-se ainda nesta via o Palacete Médice (1912) e o Palacete Riachuelo (1925-28), ambos com oito andares. Anos mais tarde, na mesma rua, seria implantado o edifício
Vista aérea do Vale do Anhangabaú
Martinelli, um dos primeiros arranha-céus da cidade. Perpendicular à obra da rua Libero Badaró, a avenida São João passou por um forte processo de remodelação que reforçou sua vocação para ser um dos principais boulevardes paulistano. A via, que até meados do século XIX se mostrava bastante insignificante ganhou destaque quando foi ampliada e consolidou-se como acesso aos novos bairros da região oeste.
O alargamento do primeiro trecho desta via aconteceu em 1913-14, durante a gestão do Barão de Duprat como prefeito de São Paulo.
A avenida foi estendida por vário quilômetros, alargada para 30 metros e aplainada em alguns trechos – esta última medida inclusive tornava a travessia do Anhangabaú mais fácil.
Além disso, “(...) a São João foi objeto de legislação especial de 1912, obrigando as construções a adotar um padrão de bulevar ”, blocos edificados contínuos, continuidade especial das fachadas, chanfros e tratamentos especiais nas esquinas . Gabaritos fixos não foram estabelecidos, mas essas medidas garantiam certa homogeneidade volumétrica.

Bibliografia: Costa, Sabrina Studart Fontenele – relações entre o traçado urbano e os edifício modernos no Centro de São Paulo (1938 / 1960)


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