Pela primeira
vez o eixo hotelaria se deslocou definitivamente rumo ao Centro Novo e se
consolidou nas proximidades de um elemento cultural e não dos principais
acessos da cidade.
Esta
experiência e necessidade da cidade de vincular a hospedagem a um fator
cultural foi consolidada posteriormente pela arquitetura dos anos 40 e 50 com a
integração dos hotéis aos equipamentos culturais, como cinemas, teatros e
galerias.
Desta forma,
o Teatro Municipal foi um marco para a vida paulistana. Ao redor uma nova
cidade foi erguida, com novos espaços de convivência para uma sociedade faminta
por uma vida urbana.
O projeto do
teatro Municipal e do Hotel Esplanada foi, segundo Rolnik, um investimento
milionário para a sua época. Foi o ponto alto de uma série de intervenções na
área central, que além de melhorar o tráfego e acesso, produzir um novo produto
cultural para a cidade.
![]() |
Edifício Martinelli |
Outro marco
da arquitetura paulistana, o Edificio Martinelli, abrigou o Hotel São bento.
Este buscava atingir a faixa de novos homens de negócios, estrangeiros e
viajantes que vinham do interior e que até então não tinham muitas opções na
cidade.
O moderno o
Hotel Esplanada (atual sede do grupo Votorantin), inaugurado em 5 de março de
1923, foi projetada por Viret e Momorat e possuía 250quartos. Os arquitetos
responsáveis já tinham obras premiadas em Paris e foram também os autores do
projeto do Hotel Capacabana no Rio de Janeiros.
O edifício
paulista constituía um belo exemplar da arquitetura eclética e disputava com o
vizinho teatro municipal os elogios da época. Os seus detalhes arquitetônicos
impressionam revelando o elaborado tratamento das fachadas. O hotel Esplanada
por sua localização e refinamento arquitetônico, logo se tornou ponto de
encontro da elite paulistana.
Bibliografia: Monteiro, Ana Clara Alves – Os Hotéis da Metrópole (1940 – 1960)
Nenhum comentário:
Postar um comentário