A nova
estrutura política e econômica vinculada ao capital do café acarretou à cidade Avanços
tecnológicos e um capital jamais visto.
Naquele
momento, vários bancos surgiram na cidade atraídos pela voracidade dos grandes
investidores.
As
exportações crescentes de café levaram à capitalização de recursos que
permitiram a formação das primeiras indústrias de São Paulo, também favorecidas
com o excesso de mão de obra imigrante disponível.
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Os bondes dos anos 30 |
Implantadas ao
longo dos terrenos das várzeas dos rios, por onde passavam às ferrovias as
fábricas criaram um novo perfil urbano e econômico na cidade acelerando seu
crescimento e ampliando a infraestrutura de transporte e energia.
O processo de
industrialização acelerou nos anos 30 com a crise do café em função da queda da
bolsa de Nova York em 1929, consolidando sua importância na economia paulista.
Para Aroldo Azevedo, uma serie de fatores se uniu para o desenvolvimento do
parque industrial paulista: 1) a facilidade de obtenção de energia elétrica; 2)
a existência de um mercado consumidor interno; 3) o afluxo de capitais tanto
estrangeiros, como nacionais; 4) a facilidade de mão de obra operária, oriunda
da crise cafeeira de 1929-30 e 5) a existência de uma rede de transporte já
consolidada. As ferrovias tiveram a responsabilidade de articular uma rede de
subúrbios operários constituídos no entorno de suas estações, dando início a um
processo de metropolização.
A cidade
perdeu rapidamente os ares de cidade provinciana e, com isto, a sociedade
emergente exigiu novos padrões de vida e de instalações.
Em 1930, São Paulo
possuía cerca de 900 mil habitantes e a produção de prédios novos se
intensificava entre 1920 e 1928.
Segundo Nadia
Somek, a recessão econômica, fruto decorrente da crise de 1929, atingiu a
produção imobiliária até 1933 quando se registrou uma retomada no crescimento
da cidade.
A cidade,
neste período, ampliava sua mancha urbana atingindo novos limites dos rios
Tietê e Pinheiros. Com a expansão da cidade, as melhorias urbanas, a melhoria
dos serviços de transporte e a especulação imobiliária crescente a corretaram
um crescimento vertiginoso da área central. A escala urbana, então restrita ao
Centro Histórico, foi alterada e a cidade preparava-se para as novas adequações
urbanas e arquitetônicas.
Desta forma,
o Centro Histórico tornava-se insuficiente para acolher os novos projetos e a
malha urbana espalhava-se para a região do novo Viaduto do Chá, da Av:
Ipiranga, São Luis e posteriormente para Av: Paulista.
O automóvel e
o bonde Adquiriram uma presença marcante, no cenário urbano tornando-se partes
da cidade e das atividades quotidianas. Em 192, eram 407 bondes que faziam o
transporte de cerca de 104 milhões de pessoas.
Bibliografia:
Monteiro, Ana Clara Alves – Os Hotéis da Metrópole (1940 – 1960)
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