O Center
Hotel, projetado por Ramos de Azevedo na virada do século XX para ser um grandioso
hotel de luxo, teve a função desvirtuada, tendo sido, inclusive a sede do
quartel general da Aeronáutica.
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Rua Mauá - SP |
Depois de
reformas recentes, retomou a função hoteleira.
A região da
Luz torna-se centro das atrações da cidade, nas Ruas Aurora e Estarda da
Conceição tornam-se uma das mais belas ruas da cidade.
Em São Paulo,
na virada do século, ficava claro que, a cidade estava à beira de novas
realizações. As mudanças urbanas e arquitetônicas não tardavam a evidenciar São
Paulo no panorama nacional.
Nos anos que
se seguiram as transformações iriam se acentuar.
Com o término
da I Guerra Mundial, em virtude do colapso das linhas de comércio internacional,
o Brasil, sobretudo São Paulo assistiu a um grande crescimento industrial com a
necessidade da substituição de importações. O país atravessava ma década de 30,
um momento de certa pujança econômica notabilizando-se um “esforço
governamental no sentido de sua modernização”.
Assim, a
cidade modernizou sua área central. Tendo início um processo de expansão de sua
área urbanizada através do retalhamento das chácaras em seu entorno para
implantação descontrolada de loteamentos por toda parte.
A cidade
ultrapassou seus limites geográficos, se remodelou, com a introdução de novos
hábitos, costumes e materiais.
O
desenvolvimento econômico fruto da cafeicultura foi importante para o
crescimento e modernização da cidade. A influência europeia tornava-se
evidente.
Além disso,
novos equipamentos e materiais foram inseridos na arquitetura da cidade
evidenciando alterações no comportamento e no da sua sociedade. O Moderno foi o
caminho da cidade rumo ao futuro. Conforme Sevcenko, o moderno tornou-se o novo
absoluto, a palavra futuro, a palavra ação, a palavra potência, a palavra libertação,
a palavra reencantamento.
O moderno
introduziu um novo sentido a história, onde o passado foi revisto.
A cidade, com
este crescimento alucinado e acentuada modernização tornou-se fonte e foco de
uma criação cultural nunca imaginada. O teatro e os grandes espetáculos eram
difundidos na cidade. São Paulo tornou-se um elemento vivo e, sobretudo,
dinâmico.
O antigo hábito
de repousar nos fins de semana se tornou um “despropósito ridículo”. Todos para
a rua: é lá que a ação está.
Bibliografia:
Monteiro, Ana Clara Alves – Os Hotéis da Metrópole (1940 – 1960)
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