domingo, 20 de maio de 2012

JAÇATUBA: Uma transição entre duas ruas.


Fachada dop Edifício Jaçatuba.

O edifício Jacatuba possui uma aura especial: sua linguagem construtiva e plástica encontra-se entre construtiva e plástica encontra-se entre manifestações ecléticas e a afirmação de uma linguagem mais de caráter modernista. Se a discussão restringe-se apenas a questão estilística pode-se dizer que ele não é ainda completamente, moderno, sobretudo, se a ênfase é depositada na relação entre estrutura e definição espacial: ou seja, na relevância estrutural enquanto elemento expressivo primordial. Há nele sem dúvida traços e esquemas compositivos da natureza acadêmica: resukltantes de formação de Bratke; que lhe proporcionaram, entre outras coisas, o conhecimento de vários estilos. Mas também, comparecem marcas de seu caráter pragmático sempre atento às inovações técnicas à satisfação de sua clientela e sobretudo às circunstâncias particulares do terreno e seu do contexto imediato.
A primeira data do projeto se tem referência do Jaçatuba é de 1942.; entretanto, sua construção ocorreu zpós 1945; como pode ser notado numa fotografia contida em “Os Melhoramentos de São Paulo” publicação da administração Prestes Maia de Janeiro de 1945. Nela encontram-se construídos os edifícios São Luis e São Bartolomeo. Donde se cosntata a importância do edifício São Bartolomeu na definição formal do Jaçatuba. Além de estar voltado para a Avenida Ipiranga, portantoo, atendo-ser à legislação que impunha uma altura mínima de 39m para edifícios no alinhamento da rua, ele dobrava-se à direita na esquina, entrando na recém- prolongada Major Sertório.
O Jaçatuba, então, dessas pré-existências e seria implantado num lote de esquina de formato irregular: um resíduo urbano e esconso; cujos lados estavam postados tanto para a Rua Major Sertório, quanto para a Rua Araujo. Diante dessas circunstâncias, vários atitudes de projeto, postura e interpretações da legislação por parte de Bratke tiveram relevância na definição final de sua volumetria que aparenta ser a de um edifício constituído por um único corpo. Entretanto, o Jaçatuba é constituído por dois corpos de tamanho e altura desiguais. O corpo municipal com 11 pavimentos configura-se como um edifício de esquina com três faces bem definidas; uma côncava na bissetriz da esquina e duas outras planas e simétricas voltadas para as suas laterais. O resultado foi uma composição de harmonia clássica; sobretudo, pela simetria bem definida. Por outro lado, encostado discretamente nesse corpo principal encontra-se o “apêndice” com suas dimensões e altura reduzida a seis pavimentos. A primeira impressão prevalece forte no imaginário, pois suprime aquilo que se quer abrandado, a desigualdade volumétrica. Como no caso do Banco Paulista, à altura das edificações, de modo geral, permitia-se em lotes de esquina em vias públicas de larguras diversas, que a medida fosse tomada pela via mais larga. De modo que essa altura máxima permitida pela via de maior largura fosse estendida até a uma profundidade de 20m; a contar do alinhamento, obedecendo daí em diante a redução decorrente da altura permitida na vida de menor largura.

Bibliografia: Edifício Modernos e o Centro Histórico de São Paulo dificuldades de textura e forma – Alessandro José Castroviejo Ribeiro- Tese de doutorado

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