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Atualmente, seguindo o receituário do Planejamento Estratégico , que induz necessidades globais, afirma-se que São Paulo, como uma das maiores metrópoles mundiais, precisa ter um centro, ou melhor, uma imagem identificadora e característica da cidade como forma de mostrar se cada vez mais atraente aos investimentos internacionais. Assim, referenciada nas bem sucedidas experiências mundiais de requalificação de centros históricos, iniciou-se, ou redimencionou-se, as intervenções de requalificação da área central, que inicialmente aconteceram através da restauração e rebilitação pontuais de edifícios históricos.
Anteriormente a esta postura de intervir apenas requalificando os edifícios de importância histórica e transformá-los em equipamentos culturais indutores de requalificação urbana da área da Luz, o Projeto Luz Cultural, 1984, da Secretaria do Estado da Cultura do governo Franco Montoro, 1983-1986 e coordenado pela arquiteta Regina Maria Prosperi Meyer, previa uma área de ação que abrangia a área entre o rio Tamanduateí, a Avenida Rio Branco e a Rua Mauá, e os quarteirões próximos. Resumidamente, a iniciativa voltava-se para uma dinamização da área por meio de uma maior integração do potencial de uso dos espaços públicos e institucionais e a população local, moradora e usuária, através da recuperação de algumas instituições culturais de peso, ou seja, a partir de um trabalho de reabilitação e integração de diversas instituições culturais ali existentes.
Conforme publicação da Associação Viva Centro, que surgiu em 1994, “ o projeto propunha a criação de laços entre a comunidade e a área da Luz por meio de ações que trouxessem à tona novas percepções daquele espaço e novas formas de interagir com ele. Nesse sentido, varias atividades foram planejadas, com a expectativa de atingir cada vez mais setores da vida urbana local. Para tanto, tornava-se imprescindível a colaboração dos moradores, o que por si já seria uma resposta aos planos convencionais de renovação urbana baseados na expulsão local, principalmente de baixa renda.
Para Cunha Lima, “uma cidade se projeta para o futuro a partir, digamos, da preservação de alguns sítios emblemáticos e de algumas instituições existentes, que precisam apenas ser renovadas e articuladas[...] E essa parece ter sido a crença norteadora de todas as ações empreendidas na área da Luz nesse período: O Projeto Luz Cultural assumiu como um de seus pólos a Oficina Cultural Oswald de Andrade, instalada no edifício tombado e reciclado da antiga Escola de Farmácia e Odontologia da Universidade de São Paulo, que passaria a obrigar a Orquestra Jovem de São Paulo, além de atividades e cursos de música, artes plásticas e espetáculos cênicos.
Bibliografia:
Intervenções urbanas contemporâneas: o caso da área da Luz no centro de São Paulo pág 53 a 62 autora Moreira, Carolina Margarido
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