O Hotel
Alvear, hoje conhecido como Marian Palace Hotel, localizado ao lado da igreja
de Santa Efigênia, na rua Casper Líbero, foi construído pelo Escritório Técnico
A.B.Pimentel em 1942 e foi um dos primeiros ensaios de arquitetura moderna da
cidade. Originalmente destinado a apartamentos, foi reformado em 1953 por uma
equipe chefiada pelo arquiteto polonês Lucjan Korngold para abrigar o Hotel
Alvear.
Marian Palace Hotel |
A história do
Hotel confunde-se com a história da cidade de São Paulo. Sua idealização
iniciou-se após a crise gerada com a quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929
onde os cafeicultores não tinham grandes fortunas para investir em imóveis na
cidade de São Paulo.
Deste modo, a
Sra Louise Germania Burchard (filha herdeira do Sr Martinho Burchard, um dos
mais importantes loteadores da cidade de São Paulo) decidiu solicitar ao
arquiteto Arquimedes Barros Pimentel um projeto de um edifício onde cada andar
fosse uma residência.
Deste modo
poderia haver o rateio nos custos de construção e de manutenção e o projeto
poderia ter o mesmo requinte das grandes construções da época.
Em 1941, o
arquiteto apresentou o primeiro projeto de moradias temporárias aos ricos
cafeicultores de São Paulo que buscavam na região da Santa Efigênia a
proximidade da Estação da Luz e do centro financeiro da cidade, além de poder
desfrutar e apreciar a vista do vale do Anhangabaú.
O projeto era
composto por duas torres gêmeas, com duas entradas e circulação distintas à
governanta da proprietária. A construção foi recorde para época: nove meses
bastaram para a construção conclusão. Em 1942 o edifício foi inaugurado.
No entanto,
durante, os primeiros dez anos, a administração do investimento não foi, tão
harmoniosa como todos pretendiam e, em 1953, a proprietária decidiu
transformá-lo em hotel com o principal intuito de facilitar a administração e
conservação do edifício. Desta forma os apartamentos foram remodelados e
adquiriram a configuração de um hotel: O Hotel Alvear. A cobertura foi adaptada
para a moradia particular da Sra Luise e até hoje os quartos mantém os nomes de
seus respectivos usuários.
A reforma de
1953, (1951-1953 é o momento em que a cidade obtem incentivos para construção
de novos hotéis) foi atribuída ao arquiteto Lucjan Korngold. O projeto data de
1951 e, segundo Fabel, se tratou de uma reforma sem acréscimo de área com
transformação interna de 60 apartamentos para acomodações de um hotel e a
formação de 24 escritórios e 2 lojas.
Bibliografia:
Monteiro – Ana Carla de Castro Alves – Os hotéis da Metrópole- O contexto
histórico e urbano da cidade de São Paulo através da produção arquitetônica
hoteleira (1940 – 1960)
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