terça-feira, 29 de outubro de 2013

Plano ao Fomento de Turismo do Estado de São Paulo

Havia, nos projetos hoteleiros, a procura pela valorização do especo urbano com acessos menos restritos modificando-se os espaços fechados e ampliando-se os espaços internos, integrando novas funções aos edifícios da cidade. A preocupação dos arquitetos recaía na influência que a forma do espaço criado podia ter na qualidade das interações humanas.
Os novos hotéis visavam à valorização das relações entre as pessoas e a cidade. Havia na cidade um frenético glamour social e cultural que deveria ser explorado.
As varias funções incorporadas em um mesmo edifício foram trabalhadas como o grande desafio da nova arquitetura.
Hotel Excelsior- Av Ipiranga -São Paulo
Aliado a nova arquitetura estava o grande desafio da cidade no período: a verticalização e o adensamento da região central. No livro de Rino Levi Arquitetura e Cidade a descrição do projeto do Hotel Excelsior sintetiza perfeitamente esta questão. “Para melhorar o prestígio da recém alarga Avenida Ipiranga, o projeto acomoda as demandas de programa do cliente às dimensões exíguas do lote, o que resultou numa alta concentração de área construída”.
O Hotel Metropolitano termo adotado pela revista Acrópole, em 1943 no artigo intitulado “Particularidades na construção de hotéis modernos”, teria de harmonizar-se com a vizinhança urbana, devendo se exprimir num corpo linearmente simples. A beleza estética da construção resultaria infalivelmente da coordenação do aspecto exterior com as necessidades internas.
O artigo evidencia o desejo de modernizar a cidade, abandonando o seu antigo aspecto provinciano. A intensa verticalização como enfatiza Anelli era direcionada à construção da cidade modernizada difundida pelo cinema com as imagens de Nova Iorque, Chicago e outros grandes centros urbanos.
São Paulo, a cidade que mais crescia na América Latina, não poderia ficar para trás.
Porém, acreditamos que para melhor compreendermos a importância dos hotéis em São Paulo julgamos relevante analisarmos, primeiramente, alguns aspectos desta tipologia arquitetônica nos anos 40 e 50 nas demais cidades brasileiras. Para isto, vamos procurar entender como este tema se desenvolveu e também analisar o aumento significativo do número de hotéis no período.

Bibliografia: Monteiro – Ana Carla de Castro Alves – Os hotéis da Metrópole- O contexto histórico e urbano da cidade de São Paulo através da produção arquitetônica hoteleira (1940 – 1960)

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