segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A moderna sociedade Paulistana

A cidade de São Paulo, no pós guerra, década de 40, revelou-se um solo favorável onde diferentes correntes migratórias encontravam condições  para expansão e ocupação do espaço urbano. O ano de 1945 é um momento terminal do primeiro modernismo. “Trata-se da cultura no pós-guerra toma como referência o ano de 1945, considerado como o momento terminal do pós primeiro modernismo, muito embora rupturas e até redirecionamentos de perspectivas viessem se impondo desde os anos vinte e, fortemente nos trinta”.
O papel das Bienais e dos novos Museus que surgiram na cidade teve caráter decisivo para a promoção das novas linguagens.
Vale do Anhangabaú 1940
Os primeiros grandes investidores da arquitetura hoteleira eram os ricos imigrantes que observavam na emergente indústria, no crescimento da produção imobiliária, crescente demanda na falta de oferta do setor hoteleiro e, sobretudo, nos incentivos fiscais da prefeitura, um fomento para a construção de novos hotéis na cidade.
Imigrantes como Buchard, Crespi e Maluf viram, na indústria hoteleira dos anos 40, um lacuna que deveria ser preenchida em breve, sobretudo devido às comemorações do IV centenário.
Os imigrantes também foram responsáveis pela propagação da arquitetura moderna nos novos projetos. Muitos destes investidores eram grandes entusiastas do estilo qu despontava na Europa desde o início do século e que era fortemente vinculado a um movimento de ruptura com o passado agrário.
“Além da experiência empresarial, a cultura cosmopolita dessa imigração introduz um número de artistas e professores de arte e música... a linguagem moderna fazia parte do universo cultural desses empreendedores.”
O Movimento Moderno em Arquitetura que levava em conta a presença das “massas” urbanas defende, nos anos quarenta, a criação de um novo “modo de vida”.
Os tempos eram novos e arquitetura também deveria ser.


Bibliografia: Monteiro – Ana Carla de Castro Alves – Os hotéis da Metrópole- O contexto histórico e urbano da cidade de São Paulo através da produção arquitetônica hoteleira (1940 – 1960)

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