quinta-feira, 5 de setembro de 2013

As inovações de São Paulo nos anos 40

Para compreendermos as mudanças que surgiram na cidade dos anos 40 e a influência na construção dos novos hotéis, precisamos compreender alguns aspectos urbanos que despontaram na cidade com a transformação desta em metrópole.
Hotel Excelsior
O primeiro aspecto a ser analisado como já salientamos ao estudarmos as décadas de 20 e 30, foi à introdução da iluminação pública noturna na rotina paulistana. A energia elétrica possibilitou o uso da cidade por um período maior e novas atividades e costumes foram adotados pela sociedade. O costume de frequentar cinemas e teatros, o hábito de encontros em restaurantes e bares e a vida boêmia ganharam novos espaços e adeptos.
Outra inovação urbana importante, naquele momento em que a industrialização era presente e a entrada do automóvel inevitável, foi a perda da importância da rua como ponto de encontro da sociedade paulistana.
Assim, nos deparamos com uma sociedade de massa alucinada por novos produtos e serviços. É necessário enfatizarmos que esta mesma sociedade, como qualquer outra, necessitava de pontos de encontros, fossem eles cívicos, religiosos ou culturais. No entanto, não cabia mais à rua este papel. Na era metropolitana a rua foi tomada por automóveis que circulavam em elevadas velocidades.
A cidade, ao nosso ver, necessitava de novas edificações que simbolizassem seu crescimento populacional e espacial. Espaços estes que assumissem o papel de centro aglutinador das massas que as ruas e praças, no passado, exerciam. A demanda por novos serviços e a industrialização em grande escala favorecia o surgimento de novos edifícios, As galerias comerciais os edifícios-conjunto e outros projetos de uso misto como os hotéis aqui estudados eram a resposta a esta crescente demanda metropolitana. Os principais exemplos que vamos estudar são os hotéis: Excelsior, Marabá onde há a fusão de um hotel e salas de cinemas. O hotel Jaraguá com um programa mais audacioso unindo um hotel, um jornal e uma rádio. Os projetos não, construídos, do hotel Tropical e Copan aliavam um hotel a um centro comercial.

Bibliografia: Monteiro – Ana Carla de Castro Alves – Os hotéis da Metrópole- O contexto histórico e urbano da cidade de São Paulo através da produção arquitetônica hoteleira (1940 – 1960)

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