sábado, 17 de agosto de 2013

O Esplanada Hotel se diversifica para melhor servir.

No dia 27 de fevereiro de 1923, as primeiras páginas de jornais comoO Estado de S. Paulo e Correio Paulistano trazem em anúncio o destaque: abertura definitiva no dia 5. Nos dias precedentes, 3 e 4, o hotel promove jantares dançantes, em instalações ainda incompletas, como informa o mesmo anúncio.
Hotel Esplanada 1923


No dia seguinte, anúncio no
 Correio Paulistano, à primeira página, traz detalhes: inauguração dos salões, sábado, dia 3, com grande jantar de gala, contando com duas orquestras. No domingo, grande jantar dançante.

Em 10 de março, novo anúncio, à primeira página de
 O Estado de S. Paulo, informa sobre inauguração do “grande salão de festas no mesmo dia. À tarde, a partir das 16h30, o Esplanada oferece chá dançante a 5$000 por pessoa, com o “jazz-band sul-americano” Romeu Silva, contratado no Rio. No dia seguinte, jantar dançante por 20$000.

Uma semana depois, o hotel, no entanto, cancela por motivo de força maior os jantares dançantes programados para os dias 17 e 18 de março (OESP, 17.3.1923, p.2).
Lentamente, o Esplanada passa a reunir parte da vida social das classes abastadas paulistanas. Como outros hotéis há tempo faziam, o Esplanada agrega também outros gêneros de eventos. Um exemplo é o anúncio Às excelentíssimas senhoras, em agosto do mesmo ano (OESP, 17.8.1923, p.1). Nele, Elisa Giaccone Macceloni, da casa de moda Giaccone Macceloni & Cia, de Lucca e Florença, informa a inauguração na segunda, dia 20, de exposição que é constituída de tudo o que de mais fino foi visto até hoje em elegância, bom gosto e perfeição.
Tailleurs, toilettes pour soirées, manteaux, pellaria, lingeries, finissimos bordados a mão, etc
MAIS DE MIL DIFERENTES MODELOS
 (em letras garrafais, fechando o anúncio)
A partir do ano seguinte é longa a série de damas francesas com ofertas similares. Madeleine Doré, ainda em 1923, em anúncio com texto em francês (OESP, 11.11.1923, p.2), informa que ficará na capital por apenas dois dias, quando “liquidera sa superber collection à prix reduit” nos apartamentos 301-03.
Em setembro de 1923, surgem notas sobre os primeiros saraus promovidos, entre outros, pelo City Bank Club, Clair Club etc. Algumas vezes essas referências surgem em notas já mesclando informações sobre concertos no Teatro Municipal — proximidade privilegiada.

Nota em
 Indicador social, na edição de 30 de novembro de 1923, do jornal O Estado de S. Paulo, à página 2, parece inaugurar no Esplanada antiga prática local, com a abertura da exposição do pintor francês Luiz Tinayre. Em tempo, a mesma fonte indica um total de quatro mostras de pintura na cidade, além de uma exposição de prataria portuguesa.

O “grand monde” se diverte. Celebridades de todo tipo ali se reunem. Registro na coluna Notícias teatrais, publicada em O Estado de S. Paulo, de 21 de junho de 1924, à página 2, informa: “EMPRESA JOSÉ LOUREIRO — Acha-se nesta capital, hospedado no Esplanada Hotel, o conhecido empresário teatral sr. José Loureiro, que em São Paulo goza de muita simpatia”.

Bibliografia:Informativo do Arquivo Histórico de São Paulo -  Ricardo Mendes - Núcleo de Produção Editorial.
http://www.arquiamigos.org.br/info/info33/i-ensaio3.htm

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