Na edição
de 27 de novembro de 1921, o jornal O Estado de S.Paulo anunciava: "Uma revolução
imminente no mundo dos cinemas em São Paulo – A maravilha que será o CINE
THEATRO REPUBLICA”. A inserção propagandeava o empreendimento destacando a
figura de J. Quadros Junior.
(...) encontrámo-nos com o J.
Quadros Junior. Deixou a imprensa, desistiu da mania de fundar o vespertino 'A
Noite' e, tendo criado juízo, acha-se á testa de uma grande empresa cinematográfica,
destinada a pôr num chinelo todas as casas que exploram esse gênero de diversão
nesta capital. Queremos referir nos á Sociedade Cinematográfica Paulista
Limitada, da qual fazem parte distintos capitalistas, que em boa hora
resolveram acabar com o irritante monopólio do 'trust' que açambarcou em São
Paulo a exibição de fitas, explorando o publico em sua bolsa.
A convite de Quadros, fomos visitar o sumptuoso edifício, á praça da Republica, onde funcionou o Skating e que está passando pelas necessárias reformas, afim de ser adaptado a cinema.
(Assumptos em foco. O Estado de S. Paulo, 27.11.1921, p.18)
A convite de Quadros, fomos visitar o sumptuoso edifício, á praça da Republica, onde funcionou o Skating e que está passando pelas necessárias reformas, afim de ser adaptado a cinema.
(Assumptos em foco. O Estado de S. Paulo, 27.11.1921, p.18)
A cobertura do lançamento pelo
jornal em questão seria extensa, em contraste com outros jornais. Mas
retornemos alguns meses e atentemos para o curto prazo das grandes transformações
pelas quais passaria o antigo Skating.
Em julho do mesmo ano, dá entrada na prefeitura requerimento com projeto de adaptação para cinema. Seu proprietário, Lupércio Teixeira de Camargo, e o autor do projeto, Willian Fillinger, engenheiro arquiteto, especialista em “cimento armado” sempre lembrado por sua atuação no projeto do Edifício Martinelli, acompanharão boa parte do período áureo do Cine-Teatro República, “o velho República”, como os registros de memória oral irão identificar aquele momento ao final do século XX.
O exibidor responsável pela sala é agora a Sociedade Cinematográfica Paulista Ltda. O projeto de reforma apresentado recebe o alvará inicial “aprovado em termos” imediatamente, embora um substitutivo tenha sido protocolado em setembro quando surge a nova denominação Cine Theatro República.
Em julho do mesmo ano, dá entrada na prefeitura requerimento com projeto de adaptação para cinema. Seu proprietário, Lupércio Teixeira de Camargo, e o autor do projeto, Willian Fillinger, engenheiro arquiteto, especialista em “cimento armado” sempre lembrado por sua atuação no projeto do Edifício Martinelli, acompanharão boa parte do período áureo do Cine-Teatro República, “o velho República”, como os registros de memória oral irão identificar aquele momento ao final do século XX.
O exibidor responsável pela sala é agora a Sociedade Cinematográfica Paulista Ltda. O projeto de reforma apresentado recebe o alvará inicial “aprovado em termos” imediatamente, embora um substitutivo tenha sido protocolado em setembro quando surge a nova denominação Cine Theatro República.
Cine
Theatro República, 1921.
Planta do térreo apresenta as modificações para adaptação do antigo Skating Palace.
Em vermelho, os elementos a construir, com destaque para o palco. Em amarelo, trechos a demolir, em especial a ampliação das salas de recepção
ao público no bloco frontal, à esquerda.
Acervo AHSP
Planta do térreo apresenta as modificações para adaptação do antigo Skating Palace.
Em vermelho, os elementos a construir, com destaque para o palco. Em amarelo, trechos a demolir, em especial a ampliação das salas de recepção
ao público no bloco frontal, à esquerda.
Acervo AHSP
Cine Theatro República, 1921.
Corte do longitudinal da edificação com modificações para
adaptação do antigo Skating Palace.
Em vermelho, os elementos a construir, com
destaque para o palco à direita.
No lado oposto, bloco para a Praça de República, ocupado pela recepção, diretoria e outros serviços.
Em amarelo, trechos a demolir, entre eles parte dos pisos que serão ocupados pela caixa do palco.
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O jornal O Estado de S. Paulo traz em sua edição de 29 de dezembro de 1921 extenso artigo sobre a inauguração e o edifício Mais ainda, apresenta ao alto, uma reprodução da fachada do novo cinema. Aqui fica clara a configuração final do edifício, que poucas alterações faria sobre a fachada efetivamente construída do Skating, da qual não havia registro nos processos.
Bibliografia: Informativo nº 30 do Arquivo
Histórico do Município de São Paulo http://www.arquiamigos.org.br/info/info30/index.html
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