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Galeria Ipê. |
A circulação entre os andares foi estabelecida pela
localização em uma mesma faixa, da caixa de elevadores e da escada. Em cada
andar, um corredor de circulação, desenhado entre a face lateral do prédio e as
salas, organiza a distribuição da planta.
O recurso dos pátios de iluminação aparece em várias
obras de Plínio Croce como no edifício residencial Biaçá, projeto desenvolvido
junto com Roberto Aflalo em 1953 para um investidor imobiliário. No caso do
Edifício Ipê, os pátios seriam vedados com elementos vazados, outro elemento
característico da arquitetura moderna. Oscar Niemeyer, Afonso Reidy, Francisco
Bolonha. Eduardo Corona, Plínio Croce empregaram os combogós de diversas
formas: dividindo ambientes, garantindo a ventilação cruzada, protegendo
espaços ensolarados ou restringindo a visibilidade de certos lugares.
O projeto aprovado pela prefeitura em 1949 sofreu
alteração no ano seguinte, a pedido de seus proprietários, que solicitaram a
substituição da planta do térreo para a construção de uma “galeria de
circulação central com largura de 3,15 metros e lojas dos dois lados”.
No novo projeto, desenvolvido por Plínio Croce em
parceria com Roberto Aflalo, o térreo doze lojas e um café, este último na
divisa com o Instituto de Previdência do estado de São Paulo, prédio com o
qual, o novo edifício se ligaria para criar a galeria.
No espaço antes destinado a duas lojas de porte médio,
foram projetadas lojas menores, algumas vitrines, um café e o espaço central de
circulação. O desenho da galeria propunha uma ligação simples entre as ruas 7
de abril e Braulio Gomes, bem próximo ao processo que originou a galeria Gutapará.
Mas nesse caso, os proprietários dos edifícios eram distintos, as
características arquitetônicas e os usos desses espaços também eram
completamente diferentes: o prédio do Instituto da Previdência servia a
atividades de carácter público e o edifício da 7 de abril atendia aos anseios
provados. Porém, ambos compartilhavam o anseio
de transformar os térreos de seus edifícios, acompanhando os novos
investimentos nas galerias desejo expresso em documento enviado a Prefeitura: “Trata-se
da substituição de plantas a fim de ser subdividido o pavimento térreo em
diversas partes, constituindo-se uma galeria à semelhança da “Galeria Guatapará”,
“Galeria Rio Branco” e diversas outras existentes no centro da cidade”.
Bibliografia: Aleixo,
Cynthia Augusta Poleto - Edificios e Galerias Comerciais Arquitetura e Comércio
na Cidade de São Paulo, anos 50-60 – Mestrado escola de engenharia de São
Carlos.
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