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Di Cavalcante - Carnaval |
Com o surgimento das galerias aconteceram novas formas de
se relacionar entre os habitantes da metrópole. Esta sociabilidade diversa
estava ligada aos novos hábitos da vida moderna que se manifestava nos novos
espaços construídos da cidade: cinemas, lojas de departamento, galerias de
arte, museus, cafés e livrarias.
O Centro Novo converteu-se em um polo de atividades
artísticas e culturais da cidade. Ali foram criados os primeiros museus,
instaladas as primeiras galerias de arte, construídos os principais cinema, de
maneira que, em um perímetro de poucas quadras, era possível encontrar diversos
eventos de interesse da população que por ali circulava.
A vocação do Centro Novo para o lazer já se apresentava
em meados do século XIX. A denominação original da Praça da República como
Praça dos Curros deu-se pelas frequentes touradas que ali aconteciam. Ainda na
região, estava implantado o Velódromo, nas proximidades das ruas da Consolação
e Martim Prado, No local onde hoje existe o teatro Cultura Artística era um
local destinado a apostas e foi transferido em 1914 para o Jardim América.
A partir da década de 1930, a área do Centro Novo passou
por uma forte efervescência cultural. Muitos dos episódios mais marcantes da
história da arte paulistana aconteceram em edifícios localizados nesta região,
especialmente nas proximidades da rua Barão de Itapetininga.
A I Exposição de Arte Moderna da Sociedade Pró-Arte
Moderna (SPAM) ocorreu em 1932, onde hoje se localiza a Galeria Guatapará, na
rua Barão de Itapetininga. Neste mesmo local, aconteceu a Exposição de Nelson
Nobrega, Joaquim Lopes Figueira e Waldemar da Costa, em 1935.
Na verdade, a rua Barão de Itapetininga além de ter sido
famosa pela presença de diversas boutiques de luxo da época, abrigou muitos
eventos artísticos. Nesta via, no andar térreo do Prédio Alves Lima aconteceu a
I Exposição Individual de Flávio de Carvalho, com desenhos, pinturas e
esculturas, em 1934, no edifício Alves Lima.
A Galeria Itá tem grande destaque por ter abrigado uma
série de famosas exposições de arte. Em 1934, aconteceu uma exposição de
Candido Portinari; em 1939, o III Salão de Maio contou com a presença de
artistas abstratos e construtivistas, com destaque para Alexander Calder,
Açlberto Magnelli e Josef Albers.
Bibliografia:Costa, Sabrina Studart Fontenele - Relações entre urbano e os edifícios modernos no Centro de Sâo Paulo Arquitetura e Cidade (1938 - 1960).
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