sábado, 1 de setembro de 2012

Edifício Galeria California


A Galeria Califórnia é sem dúvida, uma relevante influência para as galerias construídas a partir de então. Seu primeiro projeto foi apresentado pelo arquiteto Oscar Niemey era a incorporadora era, Companhia Nacional de Investimentos em 1950.
Galeria California
O primeiro desenho da galeria surgiu das condicionantes do terreno somado a sensibilidade do arquiteto. Niemeyer teve por determinação transforma a condição desfavorável do terreno em um atrativo do projeto. Sim porque o projeto tinha de ser pensado em um terreno em “L” com duas frentes, uma na Barão de Itapetininga e a outra na rua Dom José de Barros. Outra vanguarda na construção deste empreendimento foi o primeiro a ter, legalmente registrada, uma incorporadora, respondendo pelos proprietários, família de dona Mercedes Dias de Abreu no terreno da Barão de Itapetininga e o Escritório Roxo Loureiro & Cia Ltda, no terreno com frente para rua Dom José de Barros.
A Companhia Nacional de Investimento, respondia pelos proprietários dos terrenos e acompanhava as atividades da Sociedade Comercial e Construtora, que esteve à frente da execução do edifício.
No memorial apresentado pela construtora no momento de iniciar a obra são propostas as seguintes alterações: nos andares: aumento no número de sanitários com diminuição de sua área; no andar térreo: divisão de duas lojas formando quatro novas lojas, construção de um elevador ligando uma loja à sua sobreloja e ao primeiro pavimento; na cobertura: inclusão de um apartamento para o zelador; nas fachadas: alteração da vista das fachadas, com o uso de um outro modelo de peitoril e brise soleil.
As modificações que mais enfaticamente interferiram na estrutura final do edifício foram às relacionadas ao tratamento das fachadas e dos pilares de sustentação das lajes. No projeto publicado pela Revista Habitat, com data de 1951, a fachada para a Rua Barão de Itapetininga, sujeita a insolação, recebeu brises, quebra sol, no corpo principal do edifício. Os brises estariam apoiados em perfis de concreto que garantiriam a inclinação das placas em forma de lâminas. Por trás dessa estrutura, planos de vidros em toda a dimensão do pé-direito dos andares de escritório. Os três últimos andares surgem escalonados, respeitando as limitações da legislação quanto à altura. Eles não receberiam brises, pois a própria inclinação do plano de vidro em relação à laje do piso superior possibilitaria certa proteção.

Bibliografia: Edifícios e Galerias Comerciais. Arquitetura e Comércio na Cidade de São Paulo, anos 50 e 60. Cynthia Augusta Poleto Aleixo – Tese de Mestrado- Universidade de São Carlos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário