sexta-feira, 12 de agosto de 2011

As Pontes da Cidade II


São Paulo Histórico Volume I – Nuto Sant’Anna

Em seguida ás pontes Tamanduateí e Anhangabaú, vinham outras, ainda na sesmaria de D. Rodrigo Cesar de Menezes, conhecida por “Marco da Meia Légua” e que constituía o perímetro urbano da cidade.
Eram as principais:
No caminho da Glória, estrada do Mar, a do Ipiranga; na estrada do Rio de Janeiro, depois da do Carmerrão e a Ponte Preta, conhecida, em 1700, por, do Nicolau, por ter possuído um sitio, nessa paragem Nicolau Borges; a do Tatuapé, já fora do perímetro urbano da cidade; e ainda, antes da Penha, a do Aricanduva; na Avenida Tiradentes, a Ponte Pequena, sobre o Tamanduateí; depois, a Ponte Grande, no Tietê; e ainda, em seguida, uma sem nome no principio da rua Voluntários da Pátria e outra adiante, chamada Ponte Preta, na altura da paragem do Areal; na Brigadeiro Tobias, no principio Rua Alegre, que é a atual Brigadeiro Tobias, no principio da ladeira de Santa Ifigênia, uma pequena, sobre o ribeiro do tanque do Zuniga, o qual ficava no largo do Paysandu, ribeiro que, segundo Afonso A. de Freitas, se chamaria, em 1600, Iacuba, de onde a abreviatura de Acú dada a toda essa região; no largo do Arouche, outra, também pequena, sobre um córrego que nascia em um tanque, o tanque do Teobaldo, da  chácara do general José Arouche de Toledo Rendon; em seguida, aquém das Perdizes, a do Pacaembú, sobre o córrego respectivo; depois outra no córrego da Água Branca e, finalmente, a do Anastácio, no Tietê.
Eram apenas essas as pontes do rocio ou suas vizinhanças, sendo, as demais, afastadas, como a de Pinheiros, a de N. S. do Ó ou a do caminho da Penha para Nossa Senhora as Conceição de Guarulhos.
Essas e outras estiveram, pelos tempos afora, em concertos permanentes, e isso desde as épocas primitivas , em que os povoadores da terra é que as faziam ou reparavam de mão-comum, para elas enviando alguns dos índios que acaso possuíssem como escravos.
Antigamente, lá por 1830, os sitiantes, portadores de gêneros ou animais, tinham que pagar imposto na entrada de certas e determinadas pontes.
Esse imposto era, o pedágio.
Os encarregados do serviço chamavam-se “comandantes” ou “fiscais”.  

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