quinta-feira, 2 de junho de 2011

Largo do Paissandú

Naquele largo outrora mal posto, circundado pelos sobrados acaçapados e descorados, onde, atrás de cortinas de filó, sob a luz encarnada, se desmalargo_paissandunchava, noites a fio, a estonteantes bacanais de “farras” intermináveis, entre o galanteio, a paixão desequilibrada, a champanhe, o jogo e....até as desordens. Gartibaldi o último condutor de tiboli da cidade trabalhava de sol a sol de segunda a domingo no Largo do Paissandú. Naquela época Garibaldi era o refúgio de náufragos do amor, da intemperança ou da desilusão. 

O largo é uma evocação da praça pública, onde num contraste consolador se alteia a Igreja do Rosário, transplantada do largo que já teve o seu nome, justamente por tentar perpetuar a tradição católica da cidade.

Paissandú! As gerações se sucederam pronunciando este nome. Ele vive u na boca cosmopolita da população heterogênea de São Paulo.

Paissandú lembra a tomada desta cidade uruguaia numa luta que durou dois meses, antecedente à grande guerra Paraguai.

Segundo o dicionário Histórico de São Paulo, “o nome primitivo do atual Largo da Paissandú era, Praça das Alagoas, denominação popular originada do fato de no local existir diversas nascentes formadoras do riacho Yacuba, em outras tantas pequenas lagoas. A mais volumosa dessas lagoas, receptáculo das demais vertentes, passou chamar-se Tanque do Zunega, a partir de 1870, denominação que, com o correr do tempo, estendeu-se ao largo, relegando ao esquecimento a de Alagoas.

A vertente que partia do Tanque do Zunega partia desaguando no córrego Anhangabaú. Tudo desapareceu pela drenagem do terreno, aterros e a canalização do Anhangabaú.

Bibliografia

Moura, Paulo Cursino – São Paulo  de Outrora – Evocações da Metropole.

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