Todos os centro da Pauliceia - autor Poniano, Levino
Por décadas, a Barão de Itapetininga foi uma das ruas mais chique de São Paulo. Nos primeiros anos de 1900, era a moradia de nobres paulistanos, como o senador Paulo Egídio de Oliveira Carvalho e do então proprietário do Diário Popular. Quando o Mappin se mudou para a Praça Ramos de Azevedo, no início de 1940, a Barão ficou de fato chique, com as madames e os senhores passeando e esperando a hora para o chá na famosa loja de departamentos.
Esteve por ali também, por duas décadas, a Confeitaria Vienense, que recebia seus ricos clientes com orquestras. Claro, que isso não era para todo mundo. Apenas para a nata da sociedade paulistana. Era tão chique que ficou conhecida à boca pequena como Via Vêneto, alusão ao que há de mais elegante na cidade de Roma. Um grande número de lojas de moas e livrarias refinadas.
Nos agitados anos 1950, quando a Barão era o centro da elegância paulistana o seu número 143, atualmente ocupado por uma agência bancária, abrigava a Confeitaria Fasano, em cuja porta se concentravam os chamados playboys, filhotes da “juventude transviada” e órfãos nacionais de James Dean. Ficavam com seus blusões de couro e cabelos lotados de gomalina à espera de um garota ou mesmo de uma boa briga.
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