O Hotel fica
na Avenida Duque de Caxias, 525 é administrado pela Cia de Hotéis Comodoro – F.R.
de Aquino e foi inaugurado em 1952.
Situado em
terreno do antigo solar de Dona Olívia Guedes Penteado, a musa do modernismo,
foi um marco na construção deste hotel na cidade, no início dos anos 50. Sua
inauguração foi um grande momento para a cidade e contou com a presença de
grandes personalidades como o Sr. Armando de Arruda Pereira, Governador de São
Paulo, o cardeal Arcebispo D. Carlos Carmello Motta, entre outros.
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Fachada do Hotel Comodoro São Paulo |
O Hotel possuía
um elegante restaurante na sobreloja e outro no andar térreo. Os apartamentos,
todos de frente, eram acrescidos de salas de estar particular e eram equipados
com trincos elétricos, que permitiam aos hospedes abrir a porta, mesmo da cama.
A outra inovação da época foi que todos
os apartamentos se diferenciavam pelo feitio dos móveis e disposição do
mobiliário, individualizando os ambientes.
Os
apartamentos tinham vista privilegiada para a Estação Julio Prestes.
No campo da
hotelaria, foi uma das primeiras iniciativas para os preparativos do IV
Centenário da Cidade de São Paulo.
Outro
importante mérito do hotel foi a inauguração do terraço em abril de 1972.
Localizado a 84 metros de altura tinha vista privilegiada da cidade. Planejado
e construído para a realização de convenções, jantares dançantes, desfiles de
moda, palestras e coquetéis, o terraço foi ponto de encontro da sociedade paulistana
na década de 70.
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Painel "Bandeirantes" Portinari |
O tratamento
das esquinas foi um grande desafio dos projetos dos anos 50.
No Hotel
Comodoro, à esquina era ocupada pelo principal apartamento do andar, o
apartamento com varanda. Diferente do ritmo pontual das janelas das duas
grandes fachadas, a elevação da esquina foi tratada com singularidade.
O maior
atrativo recai sobre o painel “Bandeirantes”, de Pontinari, localizado no
restaurante do hotel, antigo salão de estar. O pçainel data de 1951 e é uma
pintura mural em mosaico. Sua dimensão de 7,63x2,50m. O painel retrata uma
preocupação da época onde a arte não deveria ser um privilégio de uma minoria ,
mas a “alegria e a vida das massas”.
Atualmente o
painel foi vendido e esteve exposto na exposição Portinari na BM&F.
Hoje o hotel
hospeda as sacoleiras da região da rua José Paulino e luta por melhorias. A
venda do painel de Portinari financiará as importantes reformas necessárias ao hotel.
Bibliografia:
Monteiro – Ana Carla de Castro Alves – Os hotéis da Metrópole- O contexto
histórico e urbano da cidade de São Paulo através da produção arquitetônica
hoteleira (1940 – 1960)
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