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Edificio Montrela |
Projetando-se dentro das normas dos alinhamentos, foi
proposto como solução final um volume encurvado de 22 pavimentos e dois outros
complementares - quase imperceptíveis – a uma altura correspondente a 39m ou 11
andares: um voltado para a Avenida Ipiranga, outro para a Casper Líbero. O
corpo elevado dobrando a esquina se explica como em outras situações
mencionadas, pela possibilidade de rebatimento da volumetria pela via mais
largura até a profundidade de 20m, depois dessa distância era obrigatória
ater-se ao gabarito no alinhamento conforme solução adotada nos corpos menores.
Dada à condição de esquina não foi necessário cumprir dispositivo que exigia
recuo lateral mínimo de 2,5m acima de 39m.
Este edifício teve dois projetos um como prédio de
apartamentos e outro que foi o realmente construído de edif´cio para
finalidades comerciais. Sendo assim, o aproveitamento do imóvel é elevado até o
último limite, seja em termos de gabarito e taxa de ocupação, seja em relação
ao agenciamento de algumas partes. A fim de permitir o máximo aproveitamento do
pavimento térreo para lojas comerciais, o saguão de acesso foi localizado no
subsolo do edifício, a exemplo do Edifício Triângulo. Assim, as soluções de
projeto nascem comprometidas sob vários
aspectos, não apenas em relação às necessidades comerciais e às demandas de
mercado, mas subordinadas às normas urbanísticas e seus parâmetros reguladores.
Nem por isso o resultado arquitetônico deixa de alcançar êxito e revelar,
muitas vezes, resultados inesperados. No caso deste edifício, chega mesmo a
haver considerável autonomia entre forma e conteúdo, entre solução plástica e compromissos
pragmáticos.
Bibliografia:
Ribeiro, Alessandro José Castroviejo – Edifícios Modernos e o Centro Histórico
de São Paulo: dificuldades de textura e forma – tese de doutorado.
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