sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Governo Paulista de 19 de agosto a 10 de setembro de 1822


É curioso observar o quanto as coisas se repetem seja no Império ou na República, no século XIX ou XX a busca pelo poder é o que norteia os homens.
Chegada de D. Pedro I a São Paulo
D. João VI retornou a Portugal a 24 de abril de 1821. D. Pedro, como Principe Regente, começou desde logo a agir. Politicamente e administrativamente. Com patriotismo, mas sem tato, Resultado: teve que abrir lutas, primeiro, com os que defendiam a Matrópole, acabando por fazer a Independência; depois com os que defendiam o Brasil, acabando por abdicar e deixar o Brasil.
Entre 10 e 21 de maio de 1822, Sua Alteza real determinou, por portaria, que se recolhessem a Côrte, imediatamente o presidente João Carlos Augusto de Oeynhausen e o ouvidor José da Costa Carvalho. Mas não se recolheram. Rebelaram-se mesmo, precipitando os acontecimentos de 23 de julho. Nesse dia rebentara a planejada rebelião.
Chegou a notícia à Metrópole. O Príncipe Regente se irritou. Ardente e irregular, a sua ação era rápida, direta, tempestuosa. Resolveu vir a São Paulo, onde já então se digladiavam ferozes duas correntes partidárias irreconciliáveis. Examinaria pessoalmente a situação. Nem era possível continuar aquela atmosfera viciosa, de inquietação, de perturbação. Os paulistas andavam a exorbitar. Constituíram-se, primeiro, em governo autônomo; depois discordaram entre si, alijaram dois membros desse governo; deportaram-nos. Um Manuel Rodrigues Jordão; outro, Martim Francisco, irmão do Ministro de Estado, José Bonifácio.
Então D. Pedro de Alcantara o Imperador I montou a cavalo e galopou. Deixou o Rio no dia 14 ou 12 de agosto. A 25 pernoitava na Penha. Já a sua volta fora épica, vertiginosa, quase fantástica: saiu daqui a 10 de setembro, chegando a Corte, segundo Rochas Pombo, no dia 13, outros dizem 14. O coronel Manuel Marcondes de Oliveira e Melo, futuro  1º Barão de Pindamonhangaba, comadava a guarda de D. Pedro.
No dia 11 em vereança, a Câmara recebia uma portaria régia, datada de 9.
A junta governativa paulista compunha-se, inicialmente, de 15 membros. Estes, de um modo ou de outro, foram debandando.
A sua última reunião realizou-se exatamente a 19 de agosto. Assinaram a ata apenas quadro deles; Miguel José de Oliveira Pinto, Daniel Pedro Muller, Francisco Inácio de Souza Queiroz e Antônio Maria Quartim. Praticamente, já não existia.
 Bibliografia:
São Paulo Histórico, aspectos, lenda e costumes-Vol IV – Nuto Santana

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