segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Leis que mudaram a paisagem urbana

Na última década do século XIX a administração municipal de São Paulo tinha pressa em transformar a cidade. Um novo tempo se avizinhava e as transformações vividas pela elite nas capitais da Europa forçavam a onda de mudanças no traçado urbano da acanhada e tímida São Paulo de antanho.

Esquina de Ipiranga com São Luiz

Assim a Lei nº 208 – 09/03/1896 autoriza concerto e calçamento de diversas ruas. Entre as ruas que sofreram mudanças no distrito República de hoje são: retificação dos níveis dos passeios do Largo do Arouche, entre as ruas Dona Maria Theresa e Sebastião Pereira, Rego Freitas e Amaral Gurgel. E também calçamento a paralelepípedos na rua Barão de Itapetininga, entre o Viaduto do Chá e a rua Conselheiro Crispiniano. Neste mesmo ano a lei nº 246 autoriza em caráter de urgência as obras de ligação da rua Amaral Gurgel á da Consolação. Depois foi a vez da lei nº 272 em 28 de agosto de 1896 que autoriza melhoramentos em diversas ruas entre elas na rua do Ipiranga, na parte compreendida entre a rua São Luiz e Araújo. Neste espaço a rua Araújo transformou-se uma pequena rua com uma praça no seu começo, onde encontra com a rua Ipiranga. A praça que hoje temos só foi passível graças a lei nº 413 de 8 de agosto de 1899 que autorizou o prefeito a desapropriação de um terreno e parte de uma casa na rua Araújo.

Estes dez últimos anos foram anos de preocupação com o distrito era a preocupação de “europeizar”, a parte nova da cidade. Afinal a cidade deveria crescer para oeste. Assim, não é de se estranha que a lei 385 de 21 de março de 1899 autorize o prefeito o mandar construir passeio na saída do Viaduto, do lado da rua Barão de Itapetininga. Depois foi a vez da rua Xavier de Toledo que tinha no Paredão dos Piques um constante construir e desbarrancar de paredões pó causa das infiltrações, a construção definitiva só aconteceu em 1938.

Em 08 de agosto de 1899 foi à vez de tornar o Largo do Arouche mais aprazível.

Em janeiro de 1900 procedeu-se o calçamento da rua São Luiz, em 3 de abril ficou autorizado o calçamento da rua Formosa. Estas ruas foram calcetadas e receberam árvores nas laterais.

Na sessão de e de novembro de 1900, o vereador João Pedro da Veiga Filho, através da indicação sugeria a demarcação do patrimônio municipal. Afinal, precisava ser distinguir os terrenos dados em enfiteuses e arrendamentos dos terrenos baldios necessários ou não a logradouros públicos... ”o que havia era um caos, onde ninguém se entendia”... e o pouco que se conhece era mais por esforço de memória de um ou outro funcionário cuidadoso do que por escrituração regular e exata... e o foral de cuidadoso do que por uma escrituração regular e exata... e o foral de 18 de março de 1660 dava uma superfície de seis léguas de raio, extensão essa alias não demarcada e da qual vários foram os desmembramentos pela criação de outras vilas, domínio adquirido por prescrições, as cartas de data, as posses dos primeiros ocupantes legítimos na forma da lei nº 601, de setembro de 1850, e modernamente as concessões para os Voluntários da Pátria.

Bibliografia

Jorge, Clóvis de Athayde - Consolação uma reportagem histórica

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