Jorge Clóvis de Athayde, Consolação uma reportagem histórica
A expansão da área municipal para o lado da Consolação iniciou-se mais ou menos em 1850 somam-se ao apossamento, também um cultismo de importação. Por longo tempo ele se ambientaria no recesso familiar, ditando moda de predileção francesa e com reflexos no comportamento.
As famílias aristocráticas, que se transladava de suas fazendas para a Capital da Província, foi aos poucos desaparecendo e sendo absorvidos pelo individualismo democrático resultante das novas ideais políticos, decorrência da instalação do Partido Republicano fundado em 17 de janeiro de 1872.
Com isso, a família patriarcal daria lugar à família orgânica, de padrões éticos menos rígidos, e que seria formadora da sociedade fundamental num novo século que batia à porta. Isso porque, com o divórcio entre a igreja e o estado a educação e a assitência-social, tornaram-se menos importante a unidade agregativa da qual no passado, até os escravos faziam parte.
O abrandamento do zelo moral e religioso não só diminuiu a coesão familiar da aristocracia rural, como incutiria princípios outros de igualdade e de fraternidade contidos na nova proposição político-social. Assim, os senhores da propriedade e do poder, ainda que aferrados aos costumes e as suas pias demonstrações de beneficência, tiveram que aceitar as idéias da política federalista, alimentadas pelo fermento republicano.
Assim, despontariam atos de desprendimento abolicionistas com as espontâneas alforrias de escravos e o legado de datas de terra aos mais antigos serviçais. Também, na verdade, tais atitudes de valor altruísmo acobertaram o interesse pela imigração européia, subvencionada por sociedades promotoras. Esse desenvolvimento teve envolvimento de personalidades da Consolação, como Martinico da Silva Prado Junior e Álvaro de Souza Queiroz.
A República, portanto, suprimiria os entraves da estagnação social provocado pela monarquia e favoreceria o livre curso para a aceitação das idéias positivistas da estática e da dinâmica político-sociais. Desapareceria o prevalecer do indivíduo absoluto, como poder política efetivo e econômico. Diluir-se-ia o conceito de governo absoluto, como tutor do homem e da propriedade. Nesta filosofia, concentrou interesses na família orgânica, enquanto o poder temporal pautaria por firmar a harmonia entre as classes hierarquizadas sob o lema: amor por princípio, ordem por base e progresso por fim.
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